Advogada de formação com 25 anos de carreira no mundo corporativo, Fabiane Reschke acaba de assumir a área jurídica da TIM. Para a CLO (Chief Legal Officer), uma formação sólida é a base para construir uma carreira de sucesso no direito, independentemente da área escolhida. Mas, para crescer no mundo corporativo, ela destaca alguns outros fatores. “O profissional, nesse caso, precisa ser multitarefas, entender de contabilidade, de resultados, metas, balanços e perceber exatamente o impacto das decisões jurídicas no negócio.”
O ambiente empresarial, segundo ela, requer pessoas imersas nos negócios, além de uma visão ampla que muitas vezes falta nos advogados. “As áreas do direito são muito especializadas e isso acaba desfavorecendo o olhar 360 graus, que é fundamental no mercado corporativo.”
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O C-Suite desta semana também traz movimentações nos setores alimentício, químico e de benefícios. Thiago Bezerra é o novo CFO da PepsiCo, Fabio Leite assume como presidente da DuPont no Brasil e Karla Dias é a nova CCE (Chief Commercial Executive) da Sodexo Benefícios.
Forbes: O que envolve o cargo de Chief Legal Officer?
Fabiane Reschke: A função envolve estar à frente de toda a área jurídica e corporativa para apoiar e garantir segurança aos executivos em todas as suas decisões de negócios. Cabe também ao time jurídico de uma empresa assegurar a tutela e o suporte legal da operadora em todas as especialidades do direito como processos judiciais, administrativo, trabalhista, bem como apoiar o Conselho de Administração nos temas corporativos e de governança.
F: O que você recomenda para um profissional da sua área hoje?
FR: Aos estudantes sempre digo: o primeiro passo é identificar sua vocação, entender onde você se encaixa, pois as opções requerem características distintas, demandando perfis totalmente diversos. No ambiente corporativo, o profissional do direito precisa, acima de tudo, perceber que seu papel é fazer parte da solução e não do problema. É preciso entender o mindset do cliente, da companhia, do mercado onde a empresa está inserida, e o próprio ambiente de competição. É fundamental ter uma visão transversal do direito. Enquanto o profissional mais acadêmico talvez possa ter uma maior aderência ao serviço público, o mundo corporativo busca profissionais que trabalhem alinhados e comprometidos com seu negócio.
F: Quais as principais habilidades que você desenvolveu na carreira?
FR: O direito te dá solidez pra transitar em qualquer setor. No caso do mercado corporativo, a visão transversal associada a um sólido conhecimento da base do direito são fundamentais. Penso que eles foram os diferenciais que me trouxeram até aqui.
F: Quais qualidades você busca em um profissional para a sua equipe hoje?
FR: Exatamente os profissionais com essa boa base de conhecimento dos fundamentos e princípios do direito e capacidade de visão transversal. Quando digo base, estou me referindo aos fundamentos e princípios que formam o raciocínio jurídico. As áreas do direito são muito especializadas e isso acaba desfavorecendo o olhar em 360 graus, que é fundamental no mercado corporativo. Nas companhias, o direito é uma profissão que possibilita conhecer a parte estrutural do negócio. Ele permite usar o conhecimento adquirido na faculdade para alavancar o business da companhia e o ambiente em que ela está inserida.
F: O que você gostaria de ter ouvido no início da carreira que poderia ter feito a diferença?
FR: Que o mais importante é dar valor aos fundamentos do direito, que comumente são negligenciados pelos jovens estudantes. Uma formação sólida possibilita ser especialista em qualquer área escolhida. Meu conselho é: identifique e escolha sua especialidade, mas valorize a base teórica da formação universitária e estude sempre. Ouvimos muito isso quando jovens, mas não compreendemos o que realmente significa na carreira. E significa muito.
Por quais empresas já passou
Comecei a carreira como advogada do grupo RBS de Comunicação. Em 20 anos, passei pela Terra Networks, Vivo/Telefônica Brasil, SulAmérica e Nextel.
Formação
Sou graduada em Direito pela PUC do Rio Grande do Sul e mestre em Direito Comercial pela Universidade de São Paulo. Fiz um curso de extensão universitária em Processo Civil com o Prof. Dott. Giuseppe Tarzia na Università Degli Studi di Milano, pós graduação em Integração Econômica e Comércio Exterior também pela PUC do Rio Grande do Sul, pós-graduação para “Giuristi D’Impresa pela Università Degli Studi di Bologna e “MBA” de Direito da Empresa e Economia na Fundação Getúlio Vargas.
Primeiro emprego
Grupo RBS de Comunicação
Primeiro cargo de liderança
Na Terra Networks, há 23 anos. Foi meu maior desafio, não tinha experiência prévia em gestão de equipes, aprendi na prática errando e acertando.
Tempo de carreira
25 anos
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Thiago Bezerra é o novo vice-presidente de finanças (CFO) da PepsiCo Brasil. Na companhia há quatro anos, ele estava há dois anos como CFO no Cone Sul LatAm (Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai). Thiago também já passou por empresas como Citigroup, Allianz, Whirpool e Monsanto.
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Fabio Leite acaba de assumir como presidente da DuPont Brasil, além de manter seu cargo de diretor de facilities da empresa para as Américas. Fabio entrou na DuPont em 2003 como estagiário na área de engenharia, passou por diferentes posições e liderou projetos nos EUA e na América Latina.
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A Sodexo Benefícios e Incentivos anuncia a chegada de três novos executivos. Karla Dias é a nova CCE (Chief Commercial Executive), Piero Melchiorre é o novo CMO (Chief Marketing Officer) e Fernando Radunz assume como CIOP (Chief Information Officer & Payments). Com mais de 20 anos de experiência em vendas e desenvolvimentos de negócios, Karla tem passagens por empresas como MasterCard Brasil e Serasa Experian.
O venezuelano Piero Melchiorre atua há mais de 15 anos em negócios B2B e está na Sodexo desde 2004. E Fernando Radunz já atuou em empresas digitais como B2W, Netshoes, Magazine Luiza e UOL/PagSeguro e no setor financeiro na Cielo e Banco BS2.
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A empresa de pagamentos StoneCo anunciou Pedro Zinner como seu novo CEO. Zinner, que já era conselheiro da fintech e CEO da empresa de energia Eneva, renunciará aos cargos. O executivo também já passou por empresas como BG Group e Vale.
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Formada em psicologia e administração, Vitor Martins, que atuava como especialista em diversidade e inclusão do Nubank desde 2020, passa a integrar a Swap Financial, onde será responsável por liderar e estruturar a área de Diversidade e Inclusão da fábrica de startups.
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A farmacêutica Roche anuncia a chegada de dois executivos, André Lacerda (foto) e Paulo Marcos Moretti, na área de “customer facing”, função que lida com os clientes da empresa. Lacerda tem mais de 20 anos de atuação e passagens por organizações como GlaxoSmithKline, Sanofi, AstraZeneca e Amgen. Já Moretti tem 10 anos de experiência em empresas como Amil/UnitedHealth Group, Optum Brasil, Medtronic e SulAmérica Saúde.
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Patrícia Tourinho é a nova CHRO (Chief Human Resources Officer) da startup Olist. A executiva estava atuando como diretora de RH do Enjoei e também já passou por grandes empresas, como Michael Page e Janssen, braço da Johnson & Johnson.
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Após 22 anos como colaborador da Siemens Smart Infrastructure, Sergio Jacobsen assume como co-CEO da joint venture Micropower Energy no Brasil. Ele entrou na Siemens como estagiário e ocupou diversas posições. Agora, vai dividir o cargo com o atual CEO e fundador da empresa, Peter Conklin.
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Andressa Schneider é a nova head de comunicação e marketing da Endeavor. Como CMO da hrtech 99Jobs, ela atendeu grandes empresas como Uber, Disney, Coca-Cola, Natura e McDonald’s.
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Rodrigo Moreira (foto) chega ao banco digital BS2 como sócio e passa a ocupar o cargo de CPO (Chief Product Officer). O executivo tem mais de 20 anos de experiência no atendimento a empresas, foi sócio da XP, onde fundou a XP Empresas, e acumula passagens pelo Itaú BBA, Unibanco, Pactual e Bozano Simonsen. Rubens Pellegrino, que já passou pelo Itaú e Rede e foi superintendente de negócios na Supplier, empresa de crédito B2B, assume a liderança da área de parcerias do banco.
Thiago Bezerra é o novo vice-presidente de finanças (CFO) da PepsiCo Brasil. Na companhia há quatro anos, ele estava há dois anos como CFO no Cone Sul LatAm (Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai). Thiago também já passou por empresas como Citigroup, Allianz, Whirpool e Monsanto.