Mais de 90% dos empregadores brasileiros pretendem gerar valor em seus negócios por meio da aquisição de talentos ao invés de reduzir custos. O dado é do estudo Talent Trends 2023 da consultoria global Randstad, para o qual foram consultados mais de 900 diretores e líderes de RH de 18 mercados em relação aos seus talentos e prioridades de desenvolvimento de carreira para os próximos meses. Em um cenário de incerteza econômica, um em cada quatro desses profissionais apontou que as demissões foram seu principal problema ou tiveram impacto negativo na empresa no último ano.
A necessidade de obter e reter talentos qualificados também impacta nos negócios, com 54% dos brasileiros dizendo que ainda é um problema – em comparação a 42% dos entrevistados mundialmente. De olho nisso, 98% dos gestores de RH afirmam que vão manter ou aumentar os investimentos no desenvolvimento da marca empregadora, e 86% afirmaram que investem em estratégias de DEI (diversidade, equidade e inclusão) para melhorar a experiência de seus colaboradores e atrair os melhores talentos. “As atenções estão voltadas para a estratégia de retenção, o que representa uma mudança significativa na cultura de valor das empresas”, diz Fabio Battaglia, CEO da Randstad Brasil.
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Outras prioridades do setor neste ano envolvem orientar talentos para que alcancem seu verdadeiro potencial e proporcionar uma experiência de trabalho significativa e voltada para a missão da organização. 78% dos entrevistados, por exemplo, disseram que irão focar em capacitação e comprometimento da carreira dos funcionários, bem como em ter práticas sustentáveis e éticas para atrair profissionais da geração Z.