Nos últimos domingos, os novos episódios de “Succession” surpreenderam o público, alterando drasticamente a trajetória da série como a conhecemos ao matar um de seus personagens principais e trazer as consequências desse acontecimento.
Por se tratar de uma história centrada em decepções familiares, ganância e turbulência, o episódio exibido no último dia 9 trouxe uma forte sensação de tristeza e de provável arrependimento para seus personagens com a morte do patriarca Logan Roy, interpretado pelo ator Brian Cox.
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Falei com Cox sobre “Succession” para ver se ele está satisfeito com a forma como essas histórias estão terminando.
“Estou feliz, porque a integridade da narrativa é o que importa”, disse Cox. “[O criador da série] Jesse [Armstrong] é extraordinário nesse sentido. Ele manteve essa integridade até o fim.”
“É difícil – todo mundo estava brincando porque Jesse dizia: ‘Estou tão triste que acabou. Estou muito triste.’ E então alguém gritou e disse: ‘Bem, foi você que decidiu que ia acabar!’”, disse Cox, lembrando da festa de estreia da quarta temporada no mês passado, celebrada com seu elenco e equipe.
O verdadeiro lado positivo aqui é que a grande perda na atração resultou em uma grande vitória fora das telas para a HBO, atingindo um recorde de 2,5 milhões de telespectadores na noite de domingo (16) em todas as plataformas. Esse novo recorde vem apenas dois episódios após o que foi o recorde da série, de 2,3 milhões de telespectadores, na estreia da quarta e última temporada.
Por mais que o adeus de Logan seja um choque, sua morte realmente demorou para acontecer. Não vamos esquecer que Logan estava com problemas de saúde desde o início de Succession – sofreu um derrame no episódio piloto. Entre um derrame, uma infecção urinária e outros contratempos ao longo da série, Logan finalmente teve seu fim ao desmaiar fatalmente em seu avião, antes de nomear um de seus filhos adultos ou um colega de confiança com as chaves para assumir seu império de mídia.
Com a morte deste personagem principal e ainda sete episódios pela frente antes do gran finale, o enredo certamente sairá dos conflitos de Logan com seus filhos para agora, quem assumirá o controle de Waystar Royco e sua enorme fortuna.
“Tudo o que ele sempre quis ao partir é que um de seus filhos o suceda, e ninguém foi bom o suficiente para isso”, disse Cox disse sobre seu personagem Logan.
Mesmo que Logan pareça ter dado seu último suspiro fictício, o tempo dirá se ele fará outra aparição na série em um flashback ou algum tipo de retorno inesperado. Refletindo sobre suas experiências nessas quatro temporadas, o que Cox mais sentirá falta com o fim de Succession?
“O elenco, a equipe – fomos um grupo muito, muito feliz”, disse Cox. “São pessoas com quem tenho vivido e vou sentir falta deles. E a série? Não, estou bem com o final de Succession. A integridade da narrativa é de fato terminar quando deveria. Seu senso de finitude é o que o torna a série o que ela é.”
Confira 10 locações de Succession que você pode visitar
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HBO Peter McManus Café e Maru Karaoke Lounge, em Nova York
No segundo episódio da nova temporada, depois do fiasco de seu ensaio de casamento, Connor quer afogar as mágoas com apenas duas coisas: um bar “de verdade, com pessoas trabalhadoras” e um karaokê.
A primeira parada rende um dos momentos mais cômicos até agora na série, com os irmãos tentando fingir normalidade em um bar muito abaixo do padrão que estão acostumados – até temendo pela condição sanitária do local (só bebida enlatada, por favor). Realizando o pedido de Connor, a cena foi mesmo gravada em um bar de verdade, o Peter McManus Café, um dos mais antigos de Nova York, na 7ª Avenida.
Mas a pose de “gente como a gente” acaba logo que partem para o karaokê, nada singelo. O ambiente descolado, com clima de balada noturna e luzes neon, está repleto de jovens modernos, com suas taças de champanhe. Na sala privativa dos Roy, palco de uma das cenas mais fortes de Logan com os filhos, garrafas da bebida estão por toda parte.
O local é o Maru Karaoke Lounge, em Nova York, que funciona como um bar, lounge e karaokê no bairro de Koreatown. Quem quiser ter a mesma experiência que Roman, Connor, Kendall e Shiv pode reservar uma sala para até 12 pessoas, com três champanhes, por US$ 790 (em torno de R$ 3.900).
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Divulgação Restaurante Jean-Georges, em Nova York
Cenário do ensaio de casamento de Connor antes dos irmãos partirem em um rolê pela cidade para consolá-lo. O restaurante do chef francês Jean-Georges Vongerichten, com duas estrelas Michelin e nota máxima do ‘The New York Times”, fica no lobby da Trump Tower, em Manhattan. Por lá, são servidos pratos de alta gastronomia com influências francesas, norte-americanas e asiáticas – com um menu degustação de seis passos no valor de US$ 268 (R$ 1.300) por pessoa.
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HBO The Shed, em Nova York
Entre as megalomanias dos Roy, uma das mais mais exageradas foi a festa de aniversário de 40 anos de Kendall na terceira temporada. A extravagância foi filmada no The Shed, espaço de artes e centro cultural construído no Hudson Yards, que foi transformado pela série para incluir todos os pedidos excêntricos do aniversariante (como uma casa na árvore). Na vida real, quando nenhum bilionário está ocupando o ambiente, ele fica aberto para o público com apresentações e exposições de artistas – a mostra da fotógrafa Cláudia Andujar sobre o povo Yanomami esteve em cartaz recentemente.
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Manuel Zublena Villas Cetinale, La Foce e La Cassinella, na Itália
Na terceira temporada, o clã vai à Toscana para o casamento da Caroline, ex-mulher de Logan Roy e mãe de três de seus filhos. Durante a estadia italiana, três propriedades aparecem – e elas podem ser alugadas na vida real.
O pano de fundo para a cerimônia é a Villa Cetinale, uma propriedade de estilo barroco do século 17. Originalmente construída para o papa Alexandre VII, tem 13 quartos e jardins extensos. Bilionários da vida real se hospedam por lá, a um custo a partir de US$ 54 mil (R$ 272 mil) por semana.
A Villa La Foce, propriedade histórica de 1.400 hectares e capacidade para 24 convidados, hospeda parte dos Roy. Construída no final do século 15, fica entre as colinas do vale d’Orcia e está disponível para casamentos, reuniões familiares e outros eventos.
Já a Villa La Cassinella, nas margens do Lago de Como, é a propriedade fictícia do empresário Lukas Matsson, que negocia com os Roy uma possível aquisição. A Villa tem nove quartos, dez banheiros e hóspedes que chegam exclusivamente de barco (como Roman fez para se encontrar com Matsson), já que a casa fica em uma península particular que não pode ser acessada por estradas. Na vida real, afortunados podem alugá-la por US$ 100 mil (R$ 500 mil) por semana.
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Divulgação Whiteface Lodge, Lake Placid, em Nova York
A conferência de negócios Argestes, que se passa na segunda temporada e conta com a presença de todos os Roy, tem como cenário esse hotel nas montanhas de Adirondack, no estado de Nova York.
O Whiteface Lodge é um resort de estilo palaciano, todo feito de madeira, que inclui vários chalés – entre eles, um presidencial de 290 m² –, três restaurantes, um spa, espaço de cinema e boliche, entre outras atrações. Diárias partem, em média, de R$ 1.500 e podem ultrapassar os R$ 6.000, dependendo da acomodação.
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HBO Korčula, na Croácia
A segunda temporada termina com os Roy tirando férias em família no litoral da Croácia. Antes de navegarem pelo Mar Adriático a bordo de um iate de luxo de 279 pés, o clã passa pela ilha de Korčula, considerada Patrimônio Mundial da Unesco, onde visitam o centro histórico, a Catedral de São Marcos e o restaurante à beira-mar Cupido.
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Divulgação Six Flags Great Escape, em Nova York
As sequências nas quais a série se passa em Brightstar, um dos parques de diversão da Waystar Royco – onde a família comemora o aniversário de uma criança e Greg trabalha antes de conseguir um cargo executivo na empresa, por exemplo –, são filmados no Six Flags Great Escape, em Queensbury, no interior do estado de Nova York.
Peter McManus Café e Maru Karaoke Lounge, em Nova York
No segundo episódio da nova temporada, depois do fiasco de seu ensaio de casamento, Connor quer afogar as mágoas com apenas duas coisas: um bar “de verdade, com pessoas trabalhadoras” e um karaokê.
A primeira parada rende um dos momentos mais cômicos até agora na série, com os irmãos tentando fingir normalidade em um bar muito abaixo do padrão que estão acostumados – até temendo pela condição sanitária do local (só bebida enlatada, por favor). Realizando o pedido de Connor, a cena foi mesmo gravada em um bar de verdade, o Peter McManus Café, um dos mais antigos de Nova York, na 7ª Avenida.
Mas a pose de “gente como a gente” acaba logo que partem para o karaokê, nada singelo. O ambiente descolado, com clima de balada noturna e luzes neon, está repleto de jovens modernos, com suas taças de champanhe. Na sala privativa dos Roy, palco de uma das cenas mais fortes de Logan com os filhos, garrafas da bebida estão por toda parte.
O local é o Maru Karaoke Lounge, em Nova York, que funciona como um bar, lounge e karaokê no bairro de Koreatown. Quem quiser ter a mesma experiência que Roman, Connor, Kendall e Shiv pode reservar uma sala para até 12 pessoas, com três champanhes, por US$ 790 (em torno de R$ 3.900).
* Jeff Conway é colaborador sênior da Forbes USA. Ele é um jornalista norte-americano focado em entretenimento e negócios.
(Traduzido por Gabriela Guido)