Há 10 anos, Vitor Olivier conheceu os fundadores do então recém-criado Nubank em uma pequena casa no bairro do Brooklin, em São Paulo. “A história do Nubank e a trajetória da minha carreira estão conectadas”, diz Olivier, que entrou na empresa como engenheiro de software e agora assume como CTO da fintech, sendo responsável pelas plataformas globais de tecnologia da empresa.
O executivo estudou na Duke University, nos EUA, e fez dupla especialização em Economia e Ciência da Computação. De volta ao Brasil, trabalhava no BTG Pactual durante o dia e encontrava tempo para desenvolver aplicativos e sites depois do expediente. Segundo ele, a curiosidade e a busca constante por aprendizado é essencial para profissionais de tecnologia – especialmente com a rápida evolução da Inteligência Artificial. “O que estamos observando é apenas a ponta do iceberg do que pode se tornar um movimento equivalente à revolução industrial em termos de impacto na economia mundial.”
No Nubank, Olivier ajudou a construir serviços em cartão de crédito, conta, e nas áreas de Cobrança, Finanças e Fraude, além de ter ficado à frente das áreas de operações e gestão de pessoas, como Chief People Officer. Ele conta aqui como ajudou a construir uma das maiores plataformas de serviços financeiros do mundo, com cerca de 75 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia, e como se destacou para chegar ao C-Level. “Não importa a função, as habilidades mais importantes a serem desenvolvidas são a adaptabilidade e a capacidade de aprender algo novo de maneira rápida.”
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O C-suite desta semana também traz movimentações nos setores farmacêutico, de cosméticos e pets. Olavo Corrêa é o novo diretor-geral da biofarmacêutica AstraZeneca, Juliana Barros retorna à Avon como head de marketing e Eric Zeller assume como diretor-geral da Nestlé Purina Brasil.
Forbes: Como sua formação te ajudou a construir sua carreira? O que você recomenda para um profissional da sua área hoje?
Vitor Olivier: Acredito que muito da inovação que está por vir existe na união de múltiplas disciplinas. Conseguir encarar um problema com mais de um tipo de ferramenta é muito poderoso, assim como conseguir traduzir complexidades, restrições e oportunidades. Por isso, acredito que a dupla especialização foi bastante útil para a minha trajetória. No entanto, a minha recomendação principal para profissionais pensando em formação é: desenvolver a habilidade de aprender sobre novos temas de maneira independente. O mundo vai mudar cada vez mais rápido e a adaptabilidade é algo que será cada vez mais valorizado.
F: Quais as 5 principais habilidades para ser um executivo de tecnologia?
VO: Enxergo algumas habilidades essenciais para esse profissional:
- Pensamento sistêmico aplicado a todas as dimensões da organização (não apenas os sistemas de software em si);
- Capacidade de quebrar problemas complexos e ambíguos em hipóteses testáveis. Ser um agente simplificador para o time;
- Capacidade de construir conexões verdadeiras com o time e criar espaços com segurança psicológica que encorajem a tomada de riscos calculados;
- Curiosidade para continuar aprendendo sobre diversos novos temas, desafios, contextos, pessoas, tecnologias, etc;
- Honestidade intelectual, admitindo quando está errado e buscando feedback ativamente para continuar evoluindo.
F: Quais oportunidades você observa nesse mercado hoje?
VO: Minha aposta é que em um futuro não muito distante falar “somos uma empresa de tecnologia” vai ser equivalente a falar “somos uma empresa que usa eletricidade” hoje em dia. Todas as indústrias já estão e continuarão sendo moldadas pelas evoluções tecnológicas. Oportunidades de desenvolvimento de software aplicado a novas indústrias só devem aumentar. Além disso, o que estamos observando nos últimos meses em inteligência artificial é apenas a ponta do iceberg do que pode se tornar um movimento equivalente à revolução industrial em termos de impacto na economia mundial. Com a criação desses novos ecossistemas, vamos observar também o aumento de oportunidades complementares como cybersecurity, gestão de risco, infraestrutura e muito provavelmente a construção de novas possibilidades que não conseguimos nem imaginar hoje em dia.
F: Você entrou no Nubank no início da empresa. Como crescer e ganhar relevância em uma companhia que está começando?
VO: A história do Nubank e a trajetória da minha carreira estão intimamente conectadas. Empresas que estão começando apresentam um dinamismo incrível e diferentes perfis vão ter sucesso nesse ambiente de diferentes maneiras. O que me ajudou a ampliar o impacto na empresa foi focar nos temas que o Nubank mais precisava de ajuda e estar disposto a navegar o desconforto da curva de aprendizado necessária para poder ter o impacto. Nunca neguei um desafio que me foi apresentado e também só consegui superar cada um deles pedindo muita ajuda e feedback aos meus colegas.
F: Em quase 10 anos de Nubank você passou por diversas funções. O que aprendeu com cada uma delas?
VO: Primeiramente, gosto de dizer que esse é o tipo de oportunidade que só uma startup em crescimento acelerado pode te dar. No caminho do hipercrescimento, você acumula conhecimento, constrói coisas do zero e desenvolve uma visão ampla do negócio. Para mim é claro que não importa a função, as habilidades mais importantes a serem desenvolvidas são a adaptabilidade e a capacidade de aprender algo novo de maneira rápida.
Cada passo na trajetória nos apresenta aprendizados poderosos:
– Como engenheiro de software aprendi em um nível muito mais profundo as complexidades tecnológicas e os desafios de desenhar, desenvolver, entregar e manter soluções em escala;
– Como líder técnico aprendi a estruturar equipes, priorizar, quebrar problemas, influenciar e motivar pessoas;
– Como fundador da conta do Nubank, aprendi princípios de criação de produtos, como conhecer o usuário, como desenhar um MVP [Mínimo Produto Viável] e como gerir times multidisciplinares;
– Como VP de Operações aprendi a desenvolver sistemas de gestão em escala e liderar uma organização de milhares de pessoas remotamente durante a pandemia;
– Como Chief People Officer aprendi a desenhar estruturas de incentivo, gerir mudanças em escala e desenhar estruturas organizacionais que criam a cultura e comportamentos que buscamos;
– E agora como CTO me sinto novamente como um aprendiz tentando sugar o máximo dessa oportunidade que me foi dada.
Por quais empresas passou
Elabora Consultoria, BTG Pactual e Nubank
Formação
Economia e Ciência da Computação na Duke University
Primeiro emprego
Trainee no BTG Pactual
Primeiro cargo de liderança
Tech lead no Nubank
Tempo de carreira
12 anos
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Divulgação/AstraZeneca A biofarmacêutica global AstraZeneca anuncia a nomeação de Olavo Corrêa como diretor-geral da companhia no Brasil. Corrêa está há 15 anos na empresa, liderando áreas como Comercial, Marketing e Acesso, e também já passou pelas multinacionais Takeda, Bayer e Novartis.
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Divulgação Juliana Barros é a nova head de marketing da Avon no Brasil. A executiva, que estava como diretora da Natura &Co, está retornando à Avon, onde trabalhou por 26 anos.
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Eric Zeller é o novo diretor-geral da Nestlé Purina Brasil. Zeller iniciou sua trajetória na Nestlé na Suíça e já ocupou diversas posições na área comercial em outros mercados, como na Jamaica e no México. Ingressou na Nestlé Purina em 2009 na América Latina e desde 2018 estava à frente da operação da empresa focada em pets no Chile.
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A Allergan Aesthetics, uma empresa da Abbvie, nomeou Andrea Gaeta como gerente geral Brasil. Nos últimos dois anos, a executiva atuou como diretora comercial e acumula passagens por empresas como Natura, Nestlé e Danone.
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Divulgação/Lilly Luiz André Magno é o novo diretor médico sênior da farmacêutica Lilly no Brasil. Magno tem 14 anos de carreira nessa indústria e já atuou na Janssen, Merck Group e na própria Lilly, para onde retorna agora.
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Divulgação/Panini Martina Limoni, que atuava como gerente de vendas e exportação da América Latina do Grupo Panini acaba de assumir a diretoria de marketing da Panini Brasil. A executiva, que é italiana, trabalhou oito anos na Philips, na Itália, na Holanda, na França e está há mais de três anos na empresa.
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Juliano Tubino, vice-presidente de estratégia de negócios e digital da Totvs é o novo CEO da RD Station. Ele substitui o fundador da startup, que foi adquirida pela Totvs em março de 2021.
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Divulgação/Decolar Adriana Costa Gallego é a nova diretora de customer service da Decolar. A executiva acumula passagens por empresas como Atento, Itaú Unibanco e Banco Santander, onde ficou por mais de oito anos.
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Divulgação/Belgo Arames A Belgo Arames anuncia que Marcelo Marino será seu novo CEO a partir de 7 de abril. Marino, atual vice-presidente da ArcelorMittal Aços Longos LATAM, assume no lugar do atual CEO, que vai se aposentar. O executivo está há 23 anos no Grupo ArcelorMittal, já ocupou posições como CEO da ArcelorMittal Acindar e vice-presidente de Operações de Aços Longos no Brasil, além de ter transitado pelas áreas comercial, suprimentos e produção.
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Divulgação/Nuvei A Nuvei, provedora global de soluções para meios de pagamento, anunciou a executiva Carolina Libardi como sua diretora de marketing para mercados locais. A executiva, que tem mais de 10 anos de experiência na indústria de tecnologia, era responsável pelo Mmrketing da Nuvei em seis países da América Latina e agora vai liderar mais de 20 países estratégicos para a empresa na Ásia, Europa, África e Oceania.
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Divulgação/Gafisa A construtora e incorporadora brasileira Gafisa anuncia o executivo Edmar Prado, com mais de 30 anos de experiência, como seu CFO. Prado já atuou em grandes empresas como Movida, Smiles e Gol.
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Divulgação/Docket A legaltech Docket anuncia a chegada de novos executivos, Guilherme Vaisman (foto) como CFO e Alejandro Raposo como vice-presidente de vendas. Vaisman tem mais de 15 anos de experiência e passagens pela Ambev e Vale. Raposo, com mais de 30 anos de carreira, passou pela Claro NXT e Unico, e liderou times em diferentes lugares na América Latina.
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Jay Leonel já havia atuado na Prodigo Films por três anos e agora retorna na área de produção executiva. Anteriormente, Leonel estava como head de operações da agência Brand Gym.
A biofarmacêutica global AstraZeneca anuncia a nomeação de Olavo Corrêa como diretor-geral da companhia no Brasil. Corrêa está há 15 anos na empresa, liderando áreas como Comercial, Marketing e Acesso, e também já passou pelas multinacionais Takeda, Bayer e Novartis.