A média gerência é uma posição difícil de se estar hoje em dia. Muito antes da pandemia começar, esse grupo já estava entre os funcionários mais infelizes na maioria das empresas. Agora, eles têm que lidar com demissões, orçamentos mais apertados e pressão para atingir suas metas enquanto cuidam do bem-estar emocional de pessoas que talvez ainda estejam trabalhando de casa. Ah, e cujo big boss acha que um robô pode fazer o trabalho deles.
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Acredito no valor da média gerência, assim como pensadores de gestão como Bill Schaninger, sócio-sênior da McKinsey, que vê esses trabalhadores como essenciais para impulsionar mudanças organizacionais em larga escala.
A Meta tem medo de ter gerentes comandando outros gerentes
“Gerentes” são um grupo especialmente vulnerável no Vale do Silício, onde as startups frequentemente criam uma infinidade de cargos legais e dão benefícios assim que o dinheiro entra. Quando as coisas não dão tão certo, aqueles que medem os resultados por meio de dados podem olhar para essa camada intermediária como uma área de custo a ser cortado.
Um exemplo disso é Mark Zuckerberg, CEO da Meta, que declarou 2023 como o “Ano de Eficiência” da empresa — um sinal revelador quando o fundador do Facebook, Instagram e WhatsApp já demitiu 11 mil funcionários no ano anterior. De fato, a empresa planeja fechar 5 mil vagas que foram abertas este ano e demitir mais 10 mil pessoas.
“Não acho que você queira uma estrutura de gerenciamento que seja apenas gerentes gerenciando outros gerentes, que estão gerenciando outros gerentes, que gerenciam outros gerentes – os quais, finalmente, gerenciam as pessoas que estão fazendo o trabalho”, disse Zuckerberg em uma sessão de perguntas e respostas com funcionários no início deste ano.
Isso parece um pesadelo distópico, ou um sinal de que o CEO da Meta pode não ter clareza sobre o que alguns de seus funcionários realmente fazem. Então, novamente, este é um líder que confunde ser bem compreendido com ter seus desejos atendidos. E isso contribui para piorar o estado de espírito dos funcionários.
A escola de gestão de Musk
O mesmo poderia ser dito de Elon Musk, que entrou no Twitter já tuitando: “Parece ter 10 pessoas ‘gerenciando’ para cada pessoa escrevendo código.”
O novo CEO da rede social estava confundindo funções como vendas ou a área de compliance com gestão? Possivelmente. Ele tende a reconhecer a excelência apenas no que tem a ver com ele mesmo, o que pode explicar por que ele diz que é difícil encontrar pessoas a quem delegar. Musk também acredita que todo gerente deve ter as habilidades técnicas das pessoas que gerencia, embora estudos sugiram que ter treinamento em habilidades de liderança pode ser mais importante. Certamente, os gerentes de nível médio não são os culpados pelas interrupções, desinformação, desvalorização e caos geral no Twitter nos últimos meses. Na verdade, a plataforma poderia ganhar se tivesse bons gerentes.
Em vez disso, no Twitter e em outros lugares, é provável que o número de gerentes médios diminua. Salesforce, Google e Amazon também apontaram a gerência intermediária como áreas a serem cortadas. De certa forma, isso faz sentido. Mas devemos distinguir entre aqueles que gerenciam pessoas e administradores e aqueles cujas funções adicionam camadas de burocracia.
Grandes gerentes de nível médio são os portadores da cultura, os motivadores das pessoas e os agentes de mudança das organizações. As pessoas tendem a pedir demissão do chefe, não do emprego, o que torna a formação de chefes melhores um fator significativo para o sucesso de uma empresa.
Durante o último capítulo da carreira do meu pai, ele administrou uma livraria independente com um funcionário e alguns estagiários temporários. Ele amava livros, mas não era obcecado por eles. Ele parecia mais feliz quando mostrava ao meu filho como consertar livros velhos ou quando dava conselhos de vida para a jovem que trabalhava no caixa. Como muitos grandes gerentes de nível médio, ele foi professor, mentor e um coach. Todos nós poderíamos ter mais pessoas assim agora, especialmente porque a tecnologia está transformando a maneira como trabalhamos e precisamos desse guia.
Confira as melhores empresas para crescer profissionalmente
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SOPA Images/Getty Images 7º – Itaú Unibanco – (ITUB4)
O Itaú é o maior banco privado do Brasil e da América Latina. A instituição financeira teve três indicações.
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Getty Images 7º – Bradesco (BBDC4)
O Bradesco é um dos maiores grupos financeiros do Brasil, atua no mercado desde 1943. A instituição financeira teve três indicações.
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Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil 4° – Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil é constituído na forma de sociedade de economia mista, com participação do Governo Federal em 50% das ações. A instituição financeira teve quatro recomendações
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Matthew Horwood/Colaborador/Getty Images Santander Brasil
Competências comportamentais mais importantes: dinamismo, coragem, ousadia, resiliência e paixão pelo cliente.
Prioridade para contratações nos próximos seis meses: profissionais das áreas de tecnologia e dados, varejo e investimentos, de níveis operacionais a níveis estratégicos.
Dica para os candidatos: se candidate caso identifique alguma oportunidade com a qual você tenha match com o perfil da vaga.
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Getty Images 8. ExxonMobil
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 393,1 bilhões
Lucro: US$ 61,6 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 369,3 bilhões
Valor de mercado: US$ 439,3 bilhões -
SOPA Images/Getty Images 2. CARTÕES DE CRÉDITO
Mais conhecida: Mastercard (86,5%)
Mais utilizada: Mastercard (71,2%) -
Bain & Company Brasil
Competências comportamentais mais importantes: trabalho com equipes diversas, colaboração, criatividade, resiliência, foco em resultados e interesse em desenvolver capacidade de gestão e de liderança.
Prioridade para contratações nos próximos seis meses: estagiário, analista associado e consultor.
Dica para os candidatos: prepare-se previamente para o processo seletivo com materiais da empresa que ajudam os candidatos a se informar e treinar para cada etapa do recrutamento e esteja bem informado sobre a companhia, seus valores e em que áreas atua.
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Kavak Brasil
Competências comportamentais mais importantes: foco em experiência do cliente, engajamento em pautas sociais, lidar com dificuldades, sede de aprendizado, trabalho em equipes diversas e solução de problemas.
Prioridade para contratações nos próximos seis meses: profissionais de operações (mecânicos, motoristas, analista de telesales, consultor comercial, analistas/consultores de pós-venda), tecnologia (desenvolvedores) e corporativo (analistas de BI, financeiros, contabilidade e compras).
Dica para os candidatos: esteja pronto para aprender com outras áreas da empresa e não tenha receio em propor novas ideias e soluções. Tenha adaptabilidade para lidar com um contexto dinâmico.
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Kyndryl Brasil
Competências comportamentais mais importantes: flexibilidade, capacidade de mudança, criatividade, inquietude, empatia com escuta ativa, iniciativa com aprendizado constante e liderança com trabalho em equipe.
Prioridade para contratações nos próximos seis meses: arquitetos de TI e especialistas técnicos.
Dica para os candidatos: seja você mesmo e demonstre sua paixão.
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Paulo Whitaker/Reuters Ambev
Competências comportamentais mais importantes: resiliência, agilidade, adaptabilidade, resolução de problemas, visão de longo prazo, interesse genuíno por aprender e ética.
Prioridade para contratações nos próximos seis meses: profissionais que possuam competências como foco no usuário, liderança digital e inovação.
Dica para os candidatos: pense em como contar sua história para os entrevistadores, trazendo exemplos e destacando suas competências. Reflita sobre como as suas fortalezas e experiências podem ajudar a contribuir para os objetivos e se conectar à cultura da empresa, além de pensar no melhor jeito para comunicar isso de forma clara.
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ReutersPawel-Kopczynski 11. Alphabet – controladora do Google e Waze
Principais cidades de atuação: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro
Cargos mais comuns: engenheiro de software, gerente de conta, copywriter
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Lucas Jackson/Reuters 6. Bank of America
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 133,8 bilhões
Lucro: US$ 28,6 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 3,1 trilhões
Valor de mercado: US$ 220,8 bilhões -
Andrew Kelly/Reuters Amazon Brasil
Competências comportamentais mais importantes: as competências desejadas estão conectadas com os Princípios de Liderança no site da empresa.
Dica para os candidatos: familiarize-se com os requisitos da posição desejada e conheça os Princípios de Liderança da empresa. Prepare-se para compartilhar exemplos de vivências anteriores para o storytelling das entrevistas, trazendo contexto sobre suas experiências. Sobre o currículo, quanto mais simples e objetivo, melhor – as qualificações técnicas devem estar visíveis, como formação e conhecimento de sistema ou idioma.
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Vivo (Telefônica Brasil)
Competências comportamentais mais importantes: curiosidade (mentalidade de crescimento e pessoas), atitude digital (conexão com o mundo digital, agilidade, eficiência e adaptabilidade), abertura (ao novo e ao diferente, com empatia, colaboração e diálogo) e fazer acontecer com responsabilidade (protagonismo, comprometimento com o resultado, engajamento com o cliente e sociedade).
Prioridade para contratações nos próximos seis meses: profissionais com deficiência de todas as áreas de atuação, pessoas negras em posições de liderança e mulheres em cargos de tecnologia, técnicos e de liderança executiva.
Dica para os candidatos: avalie os requisitos da vaga e o quanto seu currículo está aderente e se prepare, para no momento da entrevista, apresentar projetos e cases nos quais teve atuação direta e qual foi o resultado dessas iniciativas.
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Getty Images 15. Dell Technologies – tecnologia
Principais cidades de atuação: Porto Alegre, São Paulo e Campinas;
Cargos mais comuns: engenheiro de software, gerente de conta, vendedor;
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Education Images/Getty Images 16. Medtronic – equipamentos médicos
Principais cidades de atuação: São Paulo e Rio de Janeiro;
Cargos mais comuns: vendedor, clinical team lead, representante técnico de vendas;
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REUTERS/Sergio Moraes 17. Petrobras – petróleo e gás
Principais cidades de atuação: Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador;
Cargos mais comuns: técnico mecânico, engenheiro de petróleo, assistente administrativo.
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SOPA Images/Getty Images SAP
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SOPA Images/Getty Images 19. Procter & Gamble – manufatura
Principais cidades de atuação: São Paulo, Campinas e Manaus;
Cargos mais comuns: vendedor, gerente de vendas, técnico de manufatura;
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Divulgação/Novo Nordisk 20. Novo Nordisk – produtos farmacêuticos
Principais cidades de atuação: São Paulo e Rio de Janeiro;
Cargos mais comuns: vendedor, técnico mecânico, analista de TI, analista de QA, representante de marketing de campo;
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Justin Sullivan/Getty Images 21. Oracle – serviços de TI
Principais cidades de atuação: São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas;
Cargos mais comuns: engenheiro de software, executivo de vendas, gerente de conta;
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SOPA Images/Getty Images 22. Cielo – serviços financeiros
Principais cidades de atuação: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília;
Cargos mais comuns: consultor comercial, executivo de contas, analista de operações de negócios;
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Getty Images 23. Accenture – consultoria de TI
Principais cidades de atuação: São Paulo, Recife e Belo Horizonte;
Cargos mais comuns: engenheiro de software, analista de programação, analista de sistema;
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Divulgação/Vestas 24. Vestas – energia elétrica
Principais cidades de atuação: São Paulo, Fortaleza e Natal;
Cargos mais comuns: técnico mecânico;
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Pilar Olivares/Reuters 25. Claro – telecomunicações
Principais cidades de atuação: São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas;
Cargos mais comuns: vendedor, consultor de vendas, técnico de telecomunicações;
7º – Itaú Unibanco – (ITUB4)
O Itaú é o maior banco privado do Brasil e da América Latina. A instituição financeira teve três indicações.
*Diane Brady é editora-chefe assistente da Forbes USA. Ela comanda as editorias de C-suíte, 30 Under 30, carreira, ForbesWomen, entre outras coberturas.
(Traduzido por Gabriela Guido)