Um estudo de 2022 da associação Society for Human Resource Management afirma que 33% dos norte-americanos estão ou já estiveram em um relacionamento com um colega de trabalho. Mesmo com o home office, isso é seis pontos percentuais a mais do que os números de antes de 2020.
Mas o que os funcionários devem fazer quando a política da empresa é confusa – ou inexistente? Comédias românticas podem até te encorajar a seguir seu coração, mas o mercado de trabalho é um pouco mais complicado que isso.
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O que a empresa diz sobre namorar um colega de trabalho?
Se você trabalha para uma empresa que tem uma regra que impede colegas de trabalho de namorar, é provável que você a encontre no manual do funcionário.
Alguns escritórios podem proibir totalmente esse tipo de relacionamento, enquanto outros podem exigir que os funcionários assinem um contrato declarando que o relacionamento é consensual. Uma relação entre dois colegas de trabalho em diferentes níveis da hierarquia provavelmente vai enfrentar mais críticas, pois é mais provável que leve a favoritismo e assédio sexual.
Por mais estranho que seja conversar com seu gerente de RH sobre sua vida amorosa, a política da empresa ainda é, no final das contas, a política da empresa – e o não cumprimento dela pode resultar em repreensão ou até demissão.
Realmente considere o que está em risco
Há uma razão pela qual o RH não quer que os colegas de trabalho namorem. Misturar relacionamento amoroso com trabalho cria o tipo de confusão que nenhum profissional de RH quer ter que lidar. Distrações e dinâmicas de trabalho desconfortáveis podem ser a última coisa na mente de alguém apaixonado, mas se o relacionamento terminar mal, é bem provável que isso aconteça.
Seja honesto sobre sua capacidade de controlar as emoções
Algumas pessoas têm mais dificuldade com términos do que outras. Se você é desse tipo, seja especialmente cauteloso ao entrar em um relacionamento com um colega de trabalho. Encontrar um ex no escritório provavelmente não vai ajudar na superação. Pergunte a si mesmo: “Como minha vida profissional e amorosa será prejudicada por ver um ex regularmente?”
Esteja você atualmente em um relacionamento com um colega de trabalho ou superando um relacionamento anterior, você precisa permanecer profissional no escritório. Se você não puder fazer isso, comece a procurar um parceiro em potencial fora do escritório.
Reflita sobre onde você está em sua carreira
Namorar um colega de trabalho geralmente tem um custo. Os empregadores podem ser menos propensos a dar promoções a funcionários envolvidos em relacionamentos no escritório, com medo de que o funcionário tenha um conflito de interesses. Os funcionários que namoram seus superiores vão enfrentar ainda mais complicações quando se trata de conseguir um aumento. Caso sejam promovidos em detrimento de outra pessoa, as pessoas vão presumir que o favoritismo provavelmente teve um papel importante. Isso pode trazer uma tensão para o escritório que não só leva a reclamações com o RH, mas também compromete a qualidade do trabalho que está sendo feito.
Um relacionamento com um superior que termina mal também pode prejudicar as chances de um funcionário subir na carreira. Não há melhor retaliação pós-separação do que impedir que um ex consiga a promoção pela qual passou os últimos anos trabalhando.
Faça uma longa pausa para pensar sobre seus próprios objetivos e necessidades antes de abrir a porta para um possível relacionamento com um colega de trabalho. Se você se vê ficando na empresa a longo prazo e com o objetivo de subir na escada corporativa, é melhor manter qualquer sentimento romântico que você tenha em segundo plano.
Espere
Existe mesmo necessidade de apressar o amor? Se você e seu colega de trabalho pretendem ser mais do que apenas amigos, as coisas vão encontrar uma maneira de se encaixar. Infelizmente, isso pode significar ter que esperar alguns anos até que a situação mude. O tempo é tudo na vida, até mesmo um cupido.
*Ashley Stahl é colaboradora da Forbes USA. Ela é consultora de carreira, palestrante, apresentadora de podcast (You Turn Podcast) e autora. Ela também é fundadora da CAKE Media, empresa de comunicação voltada a ghostwriters, copywriters e publicitários que ajuda outras companhias e influenciadores a expandir sua atuação online.
(traduzido por Fernanda de Almeida)