Nascido em Taiwan, Huang se mudou aos nove anos para os Estados Unidos, onde se formou em engenharia elétrica e fundou a Nvidia
A Nvidia ultrapassou a Alphabet, controladora do Google, como a terceira empresa mais valiosa dos Estados Unidos, logo depois de superar a Amazon.
A fabricante de chips e semicondutores registrou um lucro líquido de US$ 12,28 bilhões no quarto trimestre de 2023, um avanço de 769% em comparação ao mesmo período do ano anterior, e a receita teve alta de 265%.
A Nvidia tem sido uma das principais beneficiárias da corrida das empresas de tecnologia para incorporar IA em seus produtos e serviços. Por trás do sucesso da companhia, que chegou a ultrapassar US$ 2 trilhões em valor de mercado, está o CEO e cofundador Jensen Huang, de 61 anos. Sua fortuna é estimada pela Forbes em US$ 69 bilhões, o que o posiciona em 21º lugar no ranking das pessoas mais ricas do mundo.
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CEO da Nvidia
Jensen Huang cofundou a fabricante de chips em 1993 e atua como CEO e presidente da empresa desde o início.
Huang possui aproximadamente 3% da Nvidia, que fez IPO, ou seja, abriu seu capital, na Nasdaq em 1999.
Sob a sua liderança, a companhia se tornou uma gigante do mercado de chips para jogos de computador e expandiu para o mercado de data centers e carros autônomos.
O bilionário, que anda sempre de jaqueta de couro, tatuou o logotipo da empresa no braço esquerdo
Como a Nvidia nasceu
A Nvidia foi fundada em 1993 em um restaurante da rede americana Denny’s – onde Huang havia trabalhado como garçom quando era estudante, experiência que o ajudou a superar sua timidez. Foi lá que três jovens engenheiros elétricos – Chris Malachowsky, Curtis Priem e Huang – começaram uma empresa dedicada a fabricar chips voltados para videogames.
Eles criaram a companhia apostando que o PC se tornaria um dispositivo de consumo de games e multimídia. Na época, havia cerca de 20 empresas de processadores gráficos, um número que subiria para 70 três anos depois. A empresa inventou a unidade de processamento gráfico (GPU), que revolucionou a computação e, mais recentemente, tem sido fundamental para o desenvolvimento de aplicações modernas de inteligência artificial.
Huang já disse em entrevista que, se soubesse o quão difícil seria construir a Nvidia, talvez nem tivesse começado. Mas, hoje, a companhia controla cerca de 80% do mercado de chips de IA de ponta, indispensáveis para tecnologias avançadas. Entre seus clientes estão as gigantes Microsoft, Alphabet, Meta e a OpenAI.
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Quem é Jensen Huang
Nascido em Taiwan, Huang se mudou para a Tailândia quando criança, mas foi para os Estados Unidos com o irmão, aos nove anos, devido à instabilidade civil no seu país de origem.
Pouco tempo depois de chegar aos EUA, Huang foi enviado pelos tios para um internato para “jovens problemáticos” na zona rural de Kentucky. Seus tios confundiram o internato com uma escola preparatória de elite.
No internato, Huang foi designado para limpar o banheiro masculino todos os dias depois da aula, enquanto seu irmão trabalhava na fazenda de tabaco.
No ensino médio, Huang foi campeão nacional júnior de tênis de mesa, fez faculdade na OSU (Universidade do Estado do Oregon) e concluiu um mestrado em engenharia elétrica em Stanford. “Sempre gostei de computadores desde jovem, mas a OSU me abriu os olhos para a magia deles”, disse ele em um perfil no site da universidade. “Foi lá que eu realmente me apaixonei pela tecnologia.”
Antes de empreender, Huang havia trabalhado nas empresas de chips LSI Logic e Advanced Micro Devices.
Família e filantropismo
Também foi lá, no primeiro ano de faculdade, que Huang conheceu sua esposa, Lori Mills. Eles eram parceiros no laboratório em fundamentos de engenharia elétrica, e se casaram cinco anos depois. Hoje, eles têm dois filhos, Madison e Spencer.
Em 2019, ele e Lori doaram US$ 2 milhões para a construção de um dormitório feminino e um prédio de salas de aula no internato onde Huang viveu quando chegou aos EUA.
O empresário também doou US$ 30 milhões para a Universidade Stanford para a construção de um centro de engenharia e, em 2022, US$ 50 milhões para a Universidade Estadual do Oregon para um centro de pesquisa batizado com seu nome.
