“2016 será um ano de muito trabalho”, afirma presidente da Motorola

Focada no desenvolvimento de redes de comunicação de voz e de dados, companhia defende que ainda há água em metade do copo

Françoise Terzian

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A Motorola Solutions, companhia americana com presença em mais de 130 países, receita de US$ 6 bilhões e responsável por assegurar que funcionários de centenas de empresas públicas e privadas ao redor do mundo estejam sempre conectados através da comunicação de voz e de dados, terá um ano com projetos já definidos como a Olimpíada de 2016. Ela fornecerá uma rede privada de dados 4G LTE (de Long Term Evolution) e também uma de voz para missão crítica. Ou seja, seu objetivo é assegurar que o projeto do Exército e da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro garanta disponibilidade total dos serviços de voz e dados.

Em paralelo, a Motorola também atende exportadores brasileiros que crescem, beneficiados pela alta do dólar. Nem por isso, seu presidente Paulo Cunha está rindo à toa. “Fé em Deus e ano de muito trabalho nos pautarão em 2016, ano em que será possível crescer sim, em reais, desde que com muito foco”, afirma o comandante da subsidiária brasileira em entrevista a FORBES Brasil.

Seu discurso refere-se ao governo, que tem buscado reduzir custos. “Todo mundo anda mais cauteloso. No entanto, há água na metade do copo. Nossos serviços de comunicação são vitais para as empresas”, afirma.
Os projetos para o governo, explica, não pararam. A Motorola acaba de finalizar um projeto para o governo do Maranhão, que estreou segunda-feira um novo sistema de radiocomunicação e análise de dados na área de Segurança Pública. A companhia forneceu mais de 700 rádios digitais criptografados APCO 25, fabricados em sua planta em Hortolândia (SP).

O investimento total na aquisição do sistema é de R$ 8 milhões. Antes, a polícia do Maranhão mantinha comunicação por meio de celulares comuns, sem a segurança devida para as operações policiais. Dentre os diferenciais do novo modelo de comunicação integrada está a criptografia, que permite o acesso à comunicação apenas aos rádios habilitados, proporcionando segurança no acesso às informações. A qualidade do som também melhorou, aumentando a clareza e a velocidade do entendimento entre os usuários (polícia militar, civil e Corpo de Bombeiros).