Seria ar importado a solução para o problema atmosférico da China? Há quem acredite que sim. No mês passado, cerca de 500 recipientes de ar fresco retirados das montanhas rochosas de Banff, no Canadá, foram vendidos no país em duas semanas.
A Vitality Air, empresa responsável pelo ar engarrafado, disse que tem tido uma enorme demanda dos clientes chineses. De acordo com Harrison Wang, diretor de operações da China, a próxima encomenda pode ser de até 1.000 unidades. Cada uma pode custar entre US$ 14 e US$ 20, dependendo do tamanho do recipiente.
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Moses Lam, cofundador da Vitality Air afirmou que “na Améria do Norte não damos tanta importância ao ar fresco, mas na China a situação é bem diferente”. Na semana passada, Pequim emitiu seu primeiro alerta vermelho por causa da má qualidade do ar e até mesmo escolas foram fechadas.
“Se a China pode importar alimentos, água, por que não poderiam ter o direito de importar o ar?”, disse Lam. No entanto, para o professor Universidade Politécnica de Hong Kong, Wallace Leung, afirmou que a compra de garrafas de ar não representa uma solução prática para o problema da poluição do ar na China e que a melhor saída seria melhorar a qualidade do ar, filtrando-o.
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Lam conta que viaja para Banff duas vezes por semana e gasta 10 horas engarrafando o ar, “É demorado porque é engarrafado à mão. Estamos lidando com ar fresco e não queremos usar máquinas na produção”.