Nascida em Concórdia (SC), Dani Fontana Tranchesi é uma mulher de hábitos tão simples que surpreendeu quando conta que é neta do fundador da Sadia. Sim, Attilio Fontana era pai de sua mãe, portanto seu famoso avô. Ela poderia ter enveredado pelo mundo dos negócios, mas não. O que sempre mexeu com essa loira de fala mansa e corpo esbelto foi a fotografia combinada à escrita e às viagens. “Essas são minhas paixões desde adolescente, quando sonhava em escrever um livro de contos”, conta em tom de confidência.
Foi assim que, com aquele desejo reprimido, a então publicitária resolviu seguir seus sonhos e foi parar na sala de aula da Escola Panamericana, onde estudou fotografia por dois anos. “Aprendi toda técnica como luz, reflexo, cor, movimento e a fotografar joias, um trabalho super difícil”, recoda. No segundo ano, a parte mais gostosa: sair em campo para conduzir vários projetos fotográficos.
E foi assim que a fotógrafa Dani cruzou com seu outro lado, o da viajante Dani. A mesma mulher, acostumada a participar de grupos de caminhadas desafiadoras, passou a levar a câmera para relatar o que a mente imagina, mas nem todos os olhos veem. Dani ama viajar, mas foge dos roteiros óbvios como os de luxo e das compras. O que ela gosta mesmo é de revirar o mundo atrás de novas experiências, seja na Índia, na Austrália, no Irã, no Peru ou em Mianmar. Seu passaporte acumula carimbos de 54 países e esse número só cresce.
Não que ela não goste de ir para Nova York ou Paris, mas as cidades prediletas da maioria dos brasileiros não aparecem em sua lista de prioridades. “Gosto de conhecer novos mundos e de olhar o outro, descobrir outras culturas, outras casas, outros olhares e gestos. A vida do outro é sempre muito interessante e a fotografia capta essa essência”, afirma.
Casada com o cardiologia Bernardino Tranchesi e chamada de “boadrasta” pelas filhas dele – as blogueiras Luciana e Marcella Tranchesi -, Dani conta sua relação com a câmera Canon, com a fotografia e com as viagens em seu site homônimo, que entrou recentemente no ar. No começo desse mês, ela também expôs parte de seu trabalho na Art Basel Miami. No que depender do seu dinamismo, 2016 promete.