Quando a americana Julia Hartz fundou a Eventbrite com o marido Kevin e seu atual CTO (Chief Technology Officer) Renaud Visage, apenas grandes organizadores de eventos tinham acesso às tecnologias que ajudavam a gerenciar seus projetos. O ano era 2006 e a cidade São Francisco, na Califórnia. Hoje, a Eventbrite define-se como a maior plataforma de gerenciamento de eventos e vendas de ingressos. Até hoje, a empresa já processou mais de 200 milhões de tickets em 180 países, movimentando mais de US$ 3,5 bilhões. Dentre seus investidores, nomes de peso como Sequoia Capital, Tiger global e T. Rowe Price.
“Chegamos no mercado para propor uma mudança nesse cenário. Trouxemos soluções para todas as pessoas que têm o desejo de criar um evento”, explica em entrevista a FORBES Brasil.
Seu nicho de atuação é o mercado de eventos como um todo. Neste caso, a Eventbrite posiciona-se como uma solução para qualquer pessoa que deseja criar um evento, desde os pequenos (como aulas de ioga, cursos e workshops) até grandes (caso dos shows, festivais, corridas e maratonas).
“Nossa justificativa é tornar acessível para todos esses organizadores a nossa tecnologia, que permite que eles criem eventos profissionais. Para eventos gratuitos a Eventbrite é 100% grátis, em todos os serviços da plataforma. Só é cobrada uma taxa de 7,99% quando o organizador vender ingressos. Nós costumamos dizer que nós obtemos sucesso quando o organizador obtém sucesso. E nós recebemos somente quando eles vendem’, conta.
Atualmente, a Eventbrite processa cerca de 2 milhões de tickets toda semana. Em 2014, foram movimentados US$1,5 bilhão (faturamento bruto global). “Nossa solução é um verdadeiro self-service. Ou seja, com a Eventbrite o organizador é independente, ele pode utilizar a plataforma sem depender de agências ou da ajuda de ninguém, basta criar uma conta na Eventbrite e começar a explorar as funcionalidades.”
Milhões de organizadores de eventos utilizam a Eventbrite. No Brasil, os principais clientes da plataforma são: os Jogos Universitários de universidades como USP, Cásper Líbero, Mackenzie e Anhembi Morumbi, a festa de música eletrônica Gop Tun, Pilates Institute – que são cursos para formação de profissionais da área de Pilates, Ruby Conference by Locaweb – voltado para desenvolvedores sobre linguagens de programação, Social Media Week São Paulo e Myashita Consulting – cursos sobre marketing.
“Como qualquer outra empresa inteligente deveria fazer, nós estamos vendo o Brasil como um mercado de sucesso. Esse mercado gigante combinado com a paixão cultural por eventos e experiências ao vivo é o que faz do Brasil uma fantástica oportunidade para nós olharmos para o futuro, a longo prazo. Apesar da crise, os eventos continuam acontecendo, mas o nosso objetivo não é investir no país em um momento de crise, o nosso objetivo é a longo prazo. As pessoas precisam desses encontros ou precisam participar de cursos para aprimorar os seus conhecimentos”,