Boutros Boutros-Ghali foi o primeiro africano a ocupar o posto de secretário-geral da ONU e sua morte foi anunciada nesta terça-feria (16) pelo chefe do Conselho de Segurança, Rafael Ramirez Carreno.
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O diplomata tinha 93 anos e faleceu em um hospital na cidade egípcia de Giza, onde ele foi internado dias antes após quebrar a perna. Representantes de quinze conselhos fizeram um minuto de silêncio pela perda.
O atual secretário-geral Ban Ki-moon elogiou Boutros-Ghali como “um líder memorável que prestou serviços inestimáveis para a paz mundial e para a ordem internacional”. Ainda segundo ele “seu compromisso com a Organização das Nações Unidas – a sua missão e sua equipe – era inconfundível, e a marca que ele deixou para a organização é permanente.”
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O advogado, estudioso e professor veio de uma grande família. O avô dele foi primeiro-ministro do Egito e morreu assassinado. Enquanto esteve na ONU, ele precisou enfrentar crises graves, como os conflitos na ex-Iugoslávia, na Somália, no Oriente Médio e o genocídio em Ruanda.
Boutros Boutros-Ghali também é o autor de “Uma Agenda para a Paz”, um relatório que fala sobre diplomacia, pacificação e manutenção da paz.