A Montblanc celebrou, nesta última terça-feira (7), a primeira edição do Prêmio Montblanc de la Culture Arts Patronage no Brasil. A premiação, que acontece em outros 15 países há 25 anos, consagra projetos nacionais que promovem a cultura dos países participantes.
Para a edição brasileira, três juízes se juntaram ao time de 48 especialistas do mundo inteiro responsáveis pela escolha dos finalistas. O ator Rodrigo Santoro, a educadora Patrícia Rousseaux e o cantor lírico Paulo Esper participaram do júri que levou três projetos do país ao Teatro Renasceince, em São Paulo, para o anúncio do vencedor.
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Esper, que também é diretor do Teatro São Pedro, ressaltou a importância da premiação para o Brasil: “É uma vitrine para que outras grandes marcas se inspirem e invistam na cultura do país em que atuam.”
Antes da entrega do prêmio, a companhia mostrou o trabalho dos três finalistas. A Fundação Filarmônica Bachiana, primeiro projeto a ser apresentado, tem o maestro João Carlos Martins como fundador. O pianista, vítima de lesões neurológicas, trocou a carreira nos palcos por ações sociais com crianças e jovens de regiões pobres do país. A Fundação incentiva que eles vejam a música como uma carreira a ser seguida.
Segundo a ser apresentado, o Projeto Inhotim é um museu a céu aberto, localizado na cidade de Brumadinho, no interior de Minas Gerais. A enorme fazenda que ocupa pertence ao empresário Bernardo Paz, que já em 1980 idealizava um espaço de mata nativa para promover o contato de crianças e jovens com arte contemporânea.
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Foi, no entanto, o terceiro projeto, o Cine Mamembe, de Laís Bodansky e Luís Bogliese, o grande vencedor da noite. A iniciativa, que pertence ao Instituto Buriti, atravessa o Brasil levando sessões de cinema nacional para o interior do país. Muitas vezes, é a primeira vez que alguns habitantes das pequenas cidades têm contato com a experiência.
Ao entregar o cheque de 15 mil euros (aproximadamente R$ 58 mil) ao trabalho vencedor, Alain dos Santos, diretor-geral da Montblanc no Brasil, agradeceu a presença dos finalistas e apontou para a importância do prêmio: “É uma luz na cultura brasileira, uma maneira de destacar quem promove a arte neste país.”
Laís Bodanzky recebeu o prêmio em nome do Instituto e agradeceu pela oportunidade. “Em um momento tão delicado da cultura no nosso país, com a quase extinção do nosso Ministério da Cultura, este prêmio é uma tomada de ar para todos os artistas.”
A cineasta ainda apontou para a importância que empresas como a Montblanc têm no meio cultural brasileiro: “A parceria do público com o privado é muito positiva para a arte. A Lei Rouanet é baseada nisso e já ajudou muita coisa boa a sair do papel. É um holofote na cultura brasileira.”