As lâmpadas de sal de Olaff Alejo são estranhamente bonitas e elaboradas para purificar o ar. Entretanto, o artesão cubano precisa revirar lixeiras e vasculhar as calçadas de Havana por pedaços de madeira e dispositivos elétricos obsoletos para conseguir produzi-las.
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Em Cuba, designers de objetos domésticos e estilistas dizem que a falta de lojas de atacado, o alto custo e a escassez de materiais brutos os forçam a ser criativos. Muitos encontram novos usos ou reciclam os materiais que conseguem adquirir.
Esses pioneiros do inexperiente setor privado da ilha dizem estar transformando uma desvantagem competitiva em uma vantagem, ao mesmo tempo em que produzem designs únicos e ecologicamente corretos. “Não é fácil conseguir os materiais, então nós temos que nos adaptar e improvisar muito”, disse Alejo, que tem 37 anos e cujas lâmpadas contêm cristais de sal. “Cerca de 50 a 60% é de material reciclado.”
Alejo disse que pede a carpinteiros pelos restos de seus trabalhos e que usa a estrutura de janelas e portas descartadas para fazer a base de madeira de suas lâmpadas. Ele também recupera os interruptores, tomadas e cabos de dispositivos elétricos antigos. “Eles são extremamente caros e não há um fornecimento regular às lojas”, disse, acrescentando que sua companhia Luzvi ainda precisa importar alguns itens – como lâmpadas com um brilho mais suave do que o das encontrada em Cuba e com economia de energia.
As novas lâmpadas custam entre US$ 25 e US$ 30, uma soma relativamente pesada em um país onde o salário médio mensal é de US$ 30. Materiais com preços mais baixos permitiriam que Alejo diminuísse os custos.