A editora Penguin retirou nesta segunda-feira (24) das livrarias um livro sobre Nelson Mandela depois que a viúva e a família do ex-presidente da África do Sul reclamaram que o médico que o escreveu não tinha sido autorizado a fazê-lo, de acordo com a mídia local sul-africana.
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Mandela morreu aos 95 anos, em 2013, após uma prolongada doença, e o médico Vejay Ramlakan detalha o final de sua vida no livro “Mandela’s Last Years” (“Os Últimos Anos de Mandela”).
À época, especulou-se que Mandela dependia de aparelhos para sobreviver e era mantido vivo por razões políticas.
A viúva de Mandela, Graça Machel, não estava disponível de imediato para comentar, mas a agência de notícias sul-africana Eye Witness News disse que ela estava consultando seus advogados sobre a possibilidade de processar Ramlakan.
A agência também disse que o neto de Mandela e líder do clã familiar, Mandla Mandela, apoiou a decisão de Graça de ingressar na Justiça.
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O porta-voz da Fundação Nelson Mandela, Sello Hatang, disse que o livro não deveria ter sido publicado e que a fundação não tem qualquer envolvimento com sua produção. Ele saudou a decisão da editora de removê-lo das livrarias. “Neste momento estamos avaliando sistematicamente o livro. Quando terminar, iremos publicar uma lista de imprecisões”, afirmou. “As indicações da Sra. Machel, no momento, são de que houve uma quebra da confidencialidade médico-paciente e nós acreditamos que ela está em seu direito de buscar a Justiça”, acrescentou Hatang.
Em uma entrevista ao canal de televisão eNCA no domingo, Ramlakan disse que havia recebido permissão para escrever o livro da família de Mandela, mas não disse especificamente de quem.
Nenhum porta-voz da família de Mandela estava disponível para comentar.