O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, aderiu a um coro de líderes empresariais que se manifestaram contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, depois que ele culpou igualmente nacionalistas brancos e ativistas antirracismo pela violência no país no final de semana passado. “Eu discordo do presidente e de outros que acreditam que há uma equivalência moral entre supremacistas brancos e nazistas e aqueles que se opõem a eles ao defender direitos humanos. Igualar os dois vai contra nossos ideais como norte-americanos”, escreveu Cook em mensagem enviada aos funcionários da Apple, na quarta-feira (16), e divulgada pelo site de tecnologia “Recode”.
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Cook também afirmou na mensagem que a Apple vai doar US$ 1 milhão para o Southern Poverty Law Center e para o Anti-Defamation League. “Independente de nossas visões políticas, precisamos nos unir neste ponto, que somos todos iguais. Como companhia, por meio de nossas ações, nossos produtos e nossa voz, sempre vamos trabalhar para garantir que todos sejam tratados igualmente e com respeito”, escreveu Cook.
A carta de Cook surgiu horas depois do desmonte, por parte de Trump, de dois conselhos empresariais de alto padrão depois que vários presidentes de companhias renunciaram em protesto contra suas declarações sobre a violência em Charlottesville, nas quais culpou ativistas que protestavam contra o racismo da mesma forma que os supremacistas brancos pela morte de uma mulher de 32 anos.
“Houve eventos nos últimos dias que me perturbaram profundamente e eu tenho ouvido de muitas pessoas na Apple manifestações de tristeza, revolta ou confusão”, disse Cook. “O que ocorreu em Charlottesville não tem lugar no nosso país. Ódio é um câncer que, se deixarmos impune, vai destruir tudo em seu caminho. As cicatrizes dele duram por gerações. A história nos ensinou isso repetidas vezes, tanto nos Estados Unidos quanto ao redor do mundo”, acrescentou Cook.