A beleza pode ser algo superficial, mas, agora, sabemos que tatuagens definitivamente não são. Uma nova pesquisa encontrou componentes da tinta usada para eternizar desenhos na pele no interior do corpo.
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Não precisa, no entanto, se apressar e correr para um dermatologista para providenciar a remoção de pequenos desenhos. Apesar de existirem motivos para ficar preocupado sobre algumas dessas substâncias químicas, não existe um sinal, atualmente, de que as tatuagens estejam prejudicando as pessoas que as possuem.
As notícias vêm de um estudo da revista online “Scientific Reports” feita com seis pessoas: quatro delas com tatuagens e duas sem. O toxicologista Andreas Luch e um colega do Instituto Federal Alemão de Avaliação de Riscos examinaram amostras da pele e gânglios linfáticos, que são partes do sistema imunológico que hospeda as células brancas ou leucócitos.
O grupo de Luch estava especialmente interessado em tatuagens com outras cores além da tinta preta, por causa de uma maior variedade de moléculas encontradas em tintas coloridas.
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Fazer uma tatuagem significa injetar uma tinta por baixo da camada mais externa da pele, onde o sistema imunológico do corpo congela as moléculas da tinta no lugar para criar uma imagem permanente.
Pelo menos, ele deveria congelá-las. Mas Luch e outros pesquisadores descobriram que nanopartículas de tinta podem chegar ao sangue ou ao sistema circulatório linfático ou serem carregadas para gânglios linfáticos pelos leucócitos.
O grupo de Luch encontrou moléculas vermelhas, laranjas, verdes e azuis nos gânglios linfáticos em dois de seus quatro cadáveres tatuados. Eles também acharam cádmio, mercúrio, cobre e outros metais que são partes de componentes de corantes em, pelo menos, um dos gânglios linfáticos dos corpos. Muitas dessas substâncias são conhecidas por serem tóxicas para humanos em certas quantidades.
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No caso de alguns desses elementos, incluindo o cromo, os pesquisadores conseguiram ligar a presença deles nos gânglios linfáticos à presença em amostras da pele, indicando uma conexão entre as tatuagens e o metal. Mas, para os outros elementos, essa ligação não foi óbvia, e a equipe de Luch não pode descartar que eles tenham vindo de outras fontes.
Existem algumas coisas que precisam ficar claras antes que você precise abrir mão de novas tatuagens. Essa investigação só observou alguns indivíduos, logo, dificilmente seria o tipo de estudo usado para basear qualquer tipo de recomendação pública de saúde. Além disso, estudos em camundongos não encontraram sinais de que esses elementos químicos nos gânglios linfáticos estão trazendo qualquer dano, contou o dermatologista Jørgen Serup, da Bispebjerg University Hospital, em Copenhague.
A equipe de Luch afirma que o próximo passo é procurar essas ocorrências em outros órgãos e tecidos, de forma a encontrar as marcas químicas das tatuagens no corpo.
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