A arte do preparo da pizza napolitana conquistou o status de patrimônio da humanidade nesta quinta-feira (7), juntando-se a um jogo de montaria em cavalo do Irã e a moinhos de vento da Holanda na lista cultural da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês).
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A entidade aceitou incluir a arte dos “pizzaiuoli” que preparam a pizza napolitana em sua lista de Heranças Culturais Intangíveis da Humanidade.
“Parabéns#Itália!”, disse a agência em um tuíte depois de uma reunião em Jeju, na Coreia do Sul, onde a decisão foi tomada.
A Itália argumentou que a prática dos “pizzaiuoli” – preparar e virar a massa, acrescentar uma cobertura e assá-la em um forno a lenha – é parte da tradição cultural e gastronômica do país.
Em Roma, o dono de pizzaria Romano Fiore comemorou a decisão. “Estou honrado, como todos os italianos e napolitanos estão… a pizza tem séculos de história”, disse.
A pizza napolitana típica tem uma massa relativamente fina, com exceção da borda, que, quando assada, incha como um pneu de bicicleta. Ela é feita em um forno de tijolo a lenha e tem duas versões clássicas: marinara (tomate, alho, orégano e óleo) e a mais famosa margherita (tomate, muçarela, óleo e manjericão), que lhe dão as cores vermelha, branca e verde da bandeira italiana.
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A tradição afirma que a margherita foi criada em 1889 por um chef local em homenagem à rainha Margherita, que visitava Nápoles, cidade ao sul de Roma no litoral do mar Tirreno.
Como a pizza se tornou popular em todo o mundo, inovações estrangeiras na cobertura muitas vezes deixam os italianos perplexos. Matteo Martino, cliente da pizzaria de Fiore, disse antes do anúncio aguardado: “Acho, e espero, que esta seja a chance para fazer os estrangeiros entenderem como a pizza é feita, sem Nutella ou abacaxi”.