Ingvar Kamprad faleceu ontem (27), em sua casa em Älmhult, na Suécia, depois de lutar por um breve período contra uma enfermidade. O fundador da Ikea morreu aos 91 anos cercado por seus familiares, segundo um comunicado divulgado pela empresa.
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Kamprad fundou a Ikea aos 17 anos, época em vendia fósforos, peixe e cartões de Natal a bordo de uma bicicleta. O nome da empresa é uma combinação das iniciais de seu primeiro e último nome, da fazenda de sua família e do vilarejo mais próximo. Ele abriu a sua primeira loja de móveis em 1947 e a transformou em uma das maiores e mais bem-sucedidas varejistas do mundo, que hoje tem receita de quase US$ 48 bilhões.
Conhecido por sua contínua busca pela eficiência, Kamprad introduziu as embalagens planas em 1953 e moveu a produção de seus móveis baratos e chiques à Polônia soviética em 1961, com o objetivo de diminuir os custos. Enquanto seu império de móveis residenciais crescia, publicou o “Testamento do Vendedor de Móveis”, ou a “Bíblia Ikea”, que inclui afirmações como a que diz que “desperdiçar recursos é um pecado mortal na Ikea”.
Entre 2005 e 2010, Kamprad esteve entre uma das 10 pessoas mais ricas segundo FORBES, com fortuna de US$ 28 bilhões, devido principalmente ao valor de sua companhia. Ele chegou a ocupar a 4ª posição no ranking duas vezes. Seu patrimônio seria muito mais alto hoje, provavelmente acima de US$ 60 bilhões, se ele não tivesse se negado a deter a Ikea. Em 2011, sua fortuna caiu dramaticamente depois que seus advogados apresentaram documentos detalhando como a propriedade da Ikea havia sido irrevogavelmente transferida para uma fundação no paraíso fiscal Lichtenstein décadas antes. Investimentos bancários, em imóveis e em seguros fora da Ikea, ainda renderam a ele um status de bilionário – esses ativos foram passados a três de seus filhos, Peter, Mathias e Jonas, todos bilionários.
Kamprad deixou a Suécia para evitar impostos punitivos em 1973. Ainda assim, ao longo de sua vida, Kamprad, que permaneceu como presidente da empresa até 2013, mostrou pouco interesse nas regalias da riqueza. Ele preferia viajar na classe econômica e, por mais de duas décadas, dirigiu o mesmo Volvo até ser convencido de que não era mais seguro. Em 2014, ele se mudou novamente para os subúrbios de Älmhult, a cidade rural perto da qual ele cresceu e que é a sede da Ikea.
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