Elie Horn, fundador e ex-presidente da gigante da construção Cyrela, é famoso por sua dedicação à filantropia. Foi, por exemplo, o primeiro brasileiro a assinar o Giving Pledge, programa criado por Bill Gates e Warren Buffett que incentiva bilionários a dedicarem metade de suas fortunas à caridade.
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Não surpreende, portanto, o anúncio feito ontem (18) de que Horn se juntou a um time de empresários de peso como Jorge Paulo Lemann, Daniel Castanho, Carlos Wizard e Flávio Augusto da Silva e se tornou investidor na expansão da ONG Gerando Falcões, fundada e comandada por Edu Lyra. A parceria foi oficializada em reunião na Cyrela com participação de Lemann e Castanho.
Criada em 2011, a Gerando Falcões utiliza, por meio de aulas e oficinas, a educação com foco em esporte, cultura, qualificação profissional e geração de renda para moradores de periferias e favelas. Atualmente, um de seus principais programas é a formação de jovens programadores e a colocação deles no mercado de trabalho.
“Meu sonho é criar a maior rede de ONGs do planeta e ajudar a eliminar as favelas do Brasil. Não faz sentido existir favela em pelo século 21. Se o Elon Musk chegar a Marte antes de a gente resolver os nossos problemas aqui embaixo, vai ser o maior tapa na cara da humanidade”, defende Lyra.
Horn conta que decidiu apoiar o projeto por achar que é algo que, a um custo não muito alto, pode ser replicado e fazer o bem para muitas pessoas. “A proposta é educar, achar líderes, oferecer esporte e palestras… conscientizar as pessoas. Isso já é muito bom. Além disso, o Edu é um líder nato, que tem muito carisma e trabalha muito bem. Por isso, eu quis ajudar”, afirma o empresário.
A entrada de Horn no grupo de investidores irá permitir contratar um time de profissionais ainda mais forte e apoiar a escalabilidade, sem perder a qualidade e a eficiência dos programas sociais. Lyra pontua, ainda, que além de recursos, esses empresários trazem à ONG inteligência, visão e capacidade de entrega. “Esses caras me ajudam a pensar grande”, explica.
Segundo o plano de expansão da ONG, elaborado pela Accenture, a previsão é a abertura de nove unidades em todo o país nos próximos três anos. Apenas no primeiro semestre de 2019, serão três. Em 2018, já foram abertas duas unidades, na favela de Vila Prudente, em São Paulo, e na favela do Vergel, em Maceió. “Nosso plano para este ano é arredondar a operação, bater nossas metas e os nossos indicadores de performance e, no ano que vem, apresentar os resultados e fazer uma nova onda de expansão, com mais unidades, mais força e maior impacto”, conclui Lyra.
Edu Lyra é um colaborador da Forbes Brasil. Sua opinião é pessoal e não reflete a visão editorial de Forbes Brasil.