A Nissan Motor informou hoje (9) que mediu indevidamente as emissões de escapamento e a economia de combustível de 19 modelos de veículos vendidos no Japão, no segundo caso em menos de um ano em que foram descobertas irregularidades em seus processos de inspeção.
VEJA TAMBÉM: Nissan reduz previsão de lucro anual
A Nissan informou que encontrou ambientes de teste de amostra para emissões e economia de combustível que não estavam em conformidade com os padrões em inspeções finais de veículos na maioria de suas fábricas no Japão, e que os relatórios de inspeção foram baseados em medições alteradas.
O incidente é o mais recente de uma crescente lista de adulteração de dados no Japão, que prejudicou a imagem da indústria do país, conhecida pela produção eficiente e de alta qualidade.
A má conduta mais recente não afeta os veículos exportados, já que se aplica aos requisitos destinados especificamente ao mercado japonês, disse a Nissan.
As ações da montadora japonesa fecharam em baixa de 5%, em seu menor valor em mais de um ano. A notícia veio depois do fechamento do pregão, mas a companhia havia dito anteriormente que faria um anúncio sobre seus testes de emissões, provocando preocupações.
LEIA: Nissan lança versão do carro elétrico Leaf com mais autonomia
A admissão de hoje veio depois que a Nissan disse em outubro que, durante décadas, inspetores não certificados assinaram as verificações finais dos carros vendidos no Japão, provocando um recall de 1,2 milhão de veículos.
“Esta é uma questão profunda e séria para a nossa empresa”, disse o diretor de operações, Yasuhiro Yamauchi, a repórteres. “Percebemos que a nossa conscientização quanto à conformidade continua faltando”, disse ele, acrescentando que a empresa realizará uma investigação sobre a questão, que deve levar um mês ou mais.