O furacão Michael deixou um rastro de destruição em Panhandle, costa da Flórida, no último fim de semana. O desastre natural matou pelo menos 19 pessoas, provocou cortes de eletricidade, arrancou casas de suas fundações. Quando chegou em terra firme, sua força aumentou: ele passou à categoria 4, uma das mais intensas para furacões, com velocidades de vento de 155 km/h. Além do custo humano, o furacão causou danos financeiros consideráveis. Segundo a Accuweather, empresa americana especializada em metereologia, os prejuízos podem ser de até US$ 30 bilhões. Mas este é, na verdade, apenas o indício de um problema de maior escala.
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Na semana passada, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Redução do Risco de Desastres afirmou que as perdas econômicas dispararam nos últimos vinte anos. Os desastres relacionados ao clima, como tempestades, secas, inundações e ondas de calor, resultaram em perdas econômicas de cerca de US$ 895 bilhões entre 1978 e 1997. No período de vinte anos de 1998 a 2017, o aumento foi de 151% — US$ 2,25 trilhões. Durante esse período, os EUA registraram as maiores perdas econômicas entre todos os países, com US$ 944,8 bilhões, seguidos pela China, com US$ 492,2 bilhões.
No início da semana passada, o Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas divulgou um relatório devastador sobre o impacto do aquecimento global. Descobriu-se que o mundo tem apenas 12 anos para manter o aumento de temperatura em no máximo 1,5ºC.
Sem uma ação urgente e mudanças sem precedentes, haverá riscos significativamente maiores de catástrofes relacionadas ao clima.