O bilionário e filantropo norte-americano Bill Gates apresentou hoje (6), em Pequim, um vaso sanitário futurista que não precisa de água nem de esgoto e que usa produtos químicos para transformar dejetos humanos em fertilizante.
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O cofundador da Microsoft, que um dia antes foi um dos convidados de destaque de um grande evento comercial em Xangai, também elogiou os sistemas globalizados de livre comércio que tornaram possível a tecnologia do vaso sanitário. “Acredito sinceramente que o comércio permite que cada país faça aquilo em que é melhor”, disse à Reuters em entrevista concedida hoje. “Então, quando falo de componentes deste vaso sanitário sendo feitos na China, outros na Tailândia, outros nos Estados Unidos, estou dizendo como é bom juntar todo esse QI para ter essa combinação.”
O vaso sanitário, que Gates disse estar pronto para ser vendido após anos de desenvolvimento, é resultado de projetos de pesquisa financiados pela Fundação Bill e Melinda Gates, a maior organização filantrópica particular do mundo. Há vários modelos do produto, mas todos funcionam separando dejetos líquidos e sólidos. “O vaso sanitário atual simplesmente manda os dejetos embora na água, enquanto estes vasos sanitários não têm o esgoto. Eles recebem os dejetos líquidos e sólidos e fazem um trabalho químico neles, o que inclui queimá-los na maioria dos casos”, explicou Gates à Reuters.
Ele descreveu a mudança dos vasos sanitários tradicionais para os modelos sem água como semelhante ao desenvolvimento da computação mais ou menos na época em que fundou a Microsoft, em meados dos anos 1970. “Da mesma maneira que um computador pessoal é, de certa forma autossuficiente, e não uma coisa gigantesca, podemos realizar este processamento químico nos próprios lares.”