A Casa de Anne Frank, museu construído em volta do apartamento secreto onde a jovem judia e sua família se esconderam dos nazistas em Amsterdã, foi reaberto hoje (22) depois de ser reformado para receber uma nova geração de visitantes cujos avôs nasceram depois da Segunda Guerra Mundial.
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O museu e o apartamento minúsculo onde Anne escreveu seu diário, que se tornou o documento mais amplamente lido a emergir do Holocausto, atraem cerca de 1,2 milhão de visitantes anualmente.
A história de Anne é contada por meio de fotos simples, citações de seu diário e depoimentos em vídeo de sobreviventes – e agora os curadores acrescentaram uma visita guiada em áudio.
“Às vezes dizemos que o museu Casa de Anne Frank é um dos únicos museus do mundo que não tem muito mais a oferecer do que espaços vazios”, disse seu diretor, Ronald Leopold. “Uma visita guiada em áudio nos habilitou a dar informações sem perturbar o que acho ser um dos elementos mais poderosos desta casa: seu vazio.”
A turnê do museu, que foi reaberto pelo rei holandês Willem-Alexander hoje, começa pela história da família Frank, sua fuga para a Holanda após a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha e sua decisão de se esconder no dia 6 de julho de 1942.
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Os visitantes passam pela estante giratória que escondia o anexo secreto apertado acima de um depósito onde Anne, sua irmã Margot, seu pai Otto, sua mãe Edith e quatro outros judeus se abrigaram até serem presos pela polícia em 4 de agosto de 1944.
O museu exibe então o documento do governo registrando a deportação dos Frank de trem para Auschwitz em um vagão de gado.
Anne foi transferida para o campo de concentração de Bergen-Belsen, onde morreu no início de 1945, aos 15 anos – um dos seis milhões de judeus que perderam a vida sob o regime nazista.