Na última lista dos melhores CEOs dos Estados Unidos, Satya Nadella apareceu a frente de Jeff Bezos, da Amazon, e de Elon Musk, da Tesla e da SpaceX. Aliás, ele foi eleito o maior CEO dos EUA. O ranking foi organizado pela Comparably, empresa que fornece dados e conteúdo sobre cultura de trabalho.
Jorge Paulo Lemann, por sua vez, sócio do 3G, conseguiu criar um negócio gigante, com uma cultura tão forte focada em encontrar gente boa, desenvolver e dar oportunidade, que foi para o mundo todo. Da liderança do Lemann, surgiram Beto Sucupira, Marcel Telles, Carlos Brito, Bernardo Paiva e tantos outros grandes líderes.
Quando estávamos ali, nós três, eu, Lemann e Nadella, reunidos na sede da Rede Gerando Falcões, na Cidade Kemel, na periferia de Poá, sabia que havia juntado os caras que são fazedores de revoluções no mercado mundial na minha quebrada. Isso parecia improvável.
Este encontro, que foi orquestrado pela amiga Paula Bellizia, VP da Microsoft para América Latina e uma das grande executivas que o Brasil conseguiu produzir, tem muito significado.
Tem o significado de colocar a favela e a periferia no lugar que elas merecem: no centro das grandes oportunidades. Com Nadella e Microsoft, vamos formar, neste ano, milhares de jovens, e muitos vão acessar o mercado de trabalho de ponta.
Com Lemann, somos influenciados a sonhar grande. Tanto que estamos em expansão, neste ano, podemos abrir até 7 novas unidades, atendendo uma média de 30 favelas e quase 60 mil pessoas.
Esta visita tem o significado de eu ter contado para o Nadella aquilo que digo todos os dias para nossos alunos: o próximo Bill Gates vai sair da favela. Lemann, criador do projeto Vaikida, concordou. Nadella vibrou.
Como indiano, vindo de um país de terceiro mundo, Nadella não era o mais cotado para liderar a empresa do Bill Gates, mas quando me abraçou, repetiu a mesma frase que minha mãe me dizia na favela e eu entendi a força da crença deste cara: “Não importa de onde você vem, mas para onde você vai”.
É com essa crença, que onde as pessoas começam não tem o poder de determinar onde elas podem chegar, que reunimos dois grandes líderes globais na minha casa.
Como foi incrível ver Lemann e Nadella ouvindo nossos jovens das favelas falar sobre suas histórias de vida, o lugar de onde saíram e tudo que aprenderam na Rede Gerando Falcões até serem inseridos no mercado de trabalho, como a Larissa que agora vai trabalhar no Linkedin. Orgulho da família. Ela fez programação no GF, em parceria com a Microsoft, e vai voar. Eu vi os olhos da Tania Cosentino, nova presidente da Microsoft no Brasil, bilhar com essa história.
Falei sobre o meu sonho e a entrega da minha vida: um dia, enviar a favela para o museu. A missão não é fácil. Mas contei que a Ambev me ajuda com gestão e hoje temos um modelo de ponta, que acelera o crescimento. E a Microsoft, com tecnologia, para tornar a gestão mais rápida, usando, sobretudo, o Power BI.
Nadella, o número 1 da Microsoft, sabe que o homem está trabalhando em projetos de carros autônomos com inteligência artificial e para curar doenças como câncer. Agora, ele também sabe que estamos trabalhando para mandar a favela para o museu, com um time de heróis que confrontam a realidade.
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