Resumo:
- Reginald Mengi, magnata da Tanzânia, faleceu aos 75 anos em Dubai, nos Emirados Árabes;
- Informação foi confirmada por executivos e pela mídia;
- Nascido em 1944 e de família pobre, Mengi era considerado um dos mais estimados e ricos homens de negócio da Tanzânia;
- Em 2014, a Forbes calculou a fortuna do magnata em US$ 560 milhões;
- Entre os negócios de seu conglomerado estão manufatura, negócios imobiliários e mídia;
- Magnata era conhecido por suas doações e iniciativas filantrópicas;
- Mengi deixa esposa e quatro filhos.
Magnata Reginald Mengi, um dos empresários mais ricos e célebres da Tanzânia, morreu na madrugada de hoje (2) aos 75 anos.
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A mídia local e executivos do país confirmaram que Mengi faleceu durante a madrugada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O presidente da Tanzânia, John Magufuli, enviou uma mensagem de condolências por meio de seu Twitter. “Estou chocado com a morte do amigo Dr. Reginald Mengi. Vou me lembrar dele por sua imensa contribuição para o desenvolvimento do nosso país e pelas palavras que escreveu em seu livro “I Can, I Must, I Will” ( em tradução livre: “Eu Posso, Eu Devo, Eu Vou”). Meus sentimento aos membros da família, aos trabalhadores do IPP e a toda a comunidade empresarial”, disse.
Mengi era uma das figuras mais reverenciadas nos círculos de negócios da África Oriental. Nascido em 1944, no Kilimanjaro, filho de pais extremamente pobres, ele passou por cima de circunstâncias muito árduas e superou a adversidade inicial para se tornar um dos empresários mais talentosos e ricos da Tanzânia. A Forbes estimou seu patrimônio líquido em US$ 560 milhões em 2014.
O empresário foi o fundador do IPP Group, um conglomerado da Tanzânia que engarrafa a Coca-Cola e fabrica a marca de água mais vendida no país, Kilimanjaro. Seu grupo também está envolvido em mineração, imóveis e manufatura de bens de consumo. Mengi talvez fosse mais conhecido por possuir uma das maiores e mais influentes empresas de mídia na África. O conglomerado possui vários jornais, canais de televisão e rádio na Tanzânia que, no total, empregam mais de 5 mil pessoas e foi uma das corporações que mais contribuiu com impostos do país.
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Em julho passado, Mengi publicou sua autobiografia. Durante o lançamento oficial do livro, em uma cerimônia glamourosa em Dar es Salaam, o presidente da Tanzânia reconheceu-o como um dos mais ilustres capitalistas e humanitários do país.
“Uma das coisas que Mengi nos mostrou com sua vida é que é possível superar as circunstâncias se estiver disposto a pagar o preço. Não há atalho para o sucesso. A história do magnata é um exemplo para os jovens africanos de que é preciso trabalhar duro e perseverar apesar das dificuldades”, disse John Magufuli.
Mengi também foi o filantropo mais notável da Tanzânia. Todo ano, ele doava milhões de dólares para instituições educacionais, médicas e religiosas do país. Depois que um de seus filhos, Rodney Mutie, morreu em decorrência de complicações cardíacas, o empresário criou a Fundação Rodney Mutie, uma instituição de caridade que assumiu os gastos de dezenas de crianças da Tanzânia com doenças cardíacas complicadas para a realização de cirurgias na Índia e nos Estados Unidos.
Mesmo na velhice, o magnata ainda estava envolvido em novos negócios. Em novembro passado, o IPP Group firmou uma parceria com a Youngsan Glonet Corporation, da Coreia do Sul, para abrir uma fábrica de montagem de veículos em Dar es Salaam. No mesmo mês, ele também fez uma parceria com a Touchmate, uma empresa de fabricação de produtos de informática sediada em Dubai, para estabelecer uma fábrica de smartphones na Tanzânia. O IPP também estava montando o primeiro centro de pesquisa e terapia com células-tronco na Tanzânia pouco antes de Mengi morrer.
Mengi deixa esposa, Jacqueline Ntuyabaliwe Mengi, e quatro filhos.
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