Eleita uma das Mulheres Mais Poderosas do Brasil em 2019, Nina Silva, CEO do Movimento Black Money, explica por que times complexos requerem cada vez mais diversidade dentro das empresas. Ela também fala sobre sua trajetória profissional e questiona o fato de as mulheres serem a maioria da população no Brasil e a maioria que chefia a casa e dá a voz ao poder de consumo, mas não competir em pé de igualdade dentro de uma organização.
Em setembro de 2018, Nina foi eleita uma das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo com menos de 40 anos pela Mipad (Most Influential People of African Descent), chancelado pela ONU. Em Nova York, ela foi homenageada na categoria Business e Entrepreneurs, e subiu no mesmo palco de celebridades como a duquesa Meghan Markle e o ator americano Chadwick Aaron Boseman, do filme “Pantera Negra”.
Nina também acaba de ser escolhida como uma das protagonistas da série “Mentes da Tecnologia”, com os maiores nomes de tecnologia e inovação, como David Vélez, do Nubank. Hoje ela ainda é Project Manager Lead na ThoughtWorks, uma consultoria global de tecnologia.
Nina conta que era questionada o tempo inteiro “por estar comandando um time de homens brancos de mais de 40 anos”. No decorrer de sua trajetória, como consultora da SAP, esteve em empresas como Petrobras, a multinacional britânica Rexam e a francesa L’Oréal, e assim foi se especializando em grandes conglomerados. Aos 27 anos deixou a empresa automotiva Honda e decidiu apostar em uma multinacional que acreditava oferecer maior diálogo com a diversidade, a ThoughtWorks. “A tecnologia precisa ter impacto social, independente do que ela agregue ou custe”, diz.
Paralelamente, Nina decidiu criar seu próprio programa. O Movimento Black Money surgiu em São Paulo, após ela conhecer Alan Soares, um homem negro da área financeira que também não encontrava no mercado um modelo a ser seguido. A ideia era oferecer à população negra oportunidades de fomentar seu próprio negócio em condições de igualdade. “Não adiantava eu estar dentro de grandes corporações e não conseguir trazer para as empresas a diversidade. A prática seria ter as nossas próprias instituições dentro dessa luta antirracista.”
No vídeo abaixo, Nina Silva fala sobre como é importante para um líder saber comandar a diversidade na empresa:
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