Resumo:
- As vans dirigidas por robôs já fizeram ações no Vale do Silício, Phoenix, Pittsburgh e até Las Vegas;
- Cada região tem um fluxo, tamanhos de faixas e relevo diferente. Dessa maneira, o Google Maps não é o suficiente para treinar a tecnologia dos carros autônomos;
- A Waymo trabalha em conjunto com a prefeitura de Los Angeles para elaborar o mapa 3D da cidade norte-americana.
Los Angeles, consumida pelo trânsito, nunca esteve na corrida de aperfeiçoar a tecnologia automotiva; com pesquisa, desenvolvimento e testes concentrados em locais dos EUA como Vale do Silício, Phoenix, Pittsburgh e até Las Vegas. Mas isso está finalmente mudando à medida que as minivans autônomas da Waymo (da Alphabet Inc, do conglomerado Google) chegam para criar mapas 3D elaborados da cidade em expansão, um grande passo na evolução dos táxis autônomos locais.
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Três vans Waymo, carregadas com os mesmos sensores de laser, radar, câmeras digitais e computadores usados em suas frotas em Mountain View (Califórnia) e Chandler (Arizona), onde a empresa administra um serviço de transporte pago, começam a rodar hoje (14) pelo centro de Los Angeles e Wilshire Boulevard, um bairro cercado entre Koreatown e Beverly Hills. Eles serão conduzidos por técnicos da Waymo, e não há planos de pegar passageiros. Em vez disso, a empresa está ansiosa para estudar o conhecido trânsito da cidade.
“O congestionamento é uma coisa totalmente diferente e estamos empolgados para ver como ele se manifesta”, disse David Margines, gerente de produtos de mapeamento da Waymo, à Forbes. “É semelhante ao congestionamento de São Francisco e ao comportamento da cidade?”.
A expansão para Los Angeles ocorre quando a Waymo prepara sua frota robótica para lidar com condições de estrada cada vez mais diversas, desde o agitado e lento movimento de São Francisco, o frondoso Vale do Silício, os subúrbios de alta velocidade de Phoenix, o nevado Michigan, o chuvoso subúrbio de Seattle e Miami durante a temporada de furacões. Por enquanto, o metrô de Phoenix é o único local em que a empresa gera receita com veículos que operam em modo autônomo. Mesmo que a maioria ainda tenha um humano ao volante pronto para assumir o controle caso precise (em vários passeios da Forbes, incluindo uma sem motorista de segurança humana, as vans concluíram com êxito viagens no Arizona).
Como seus planos de expansão para outras cidades, a empresa não diz quando o serviço Waymo One fará a transição para viagens 100% automatizadas, sem acompanhamento humano no veículo. Quando isso acontece, a empresa também monitora remotamente os passeios com os técnicos à disposição para fornecer um planejamento de rota adicional rapidamente.
O Google criou mapas abrangentes dos EUA e de grande parte do mundo há anos, mas eles não funcionam para a Waymo, mesmo como modelo. Os veículos robóticos precisam conhecer os detalhes da estrada e da topografia, incluindo a altura das calçadas, a localização dos buracos e os danos físicos, as distâncias das faixas de pedestres, a colocação dos sinais e sinalização de trânsito, bem como quando e como as faixas se fundem ou mudam.
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“Esses mapas não são normais com a maioria das pessoas pensam”, disse Margines. “As coisas com as quais nossos carros se preocupam são diferentes de alguém tentando encontrar um restaurante usando o Google Maps ou o Waze.”
A Waymo tem permissão para testar veículos autônomos em vias públicas em toda a Califórnia, mesmo sem motorista de segurança humana ao volante. É a única empresa a obter essa permissão do estado até agora. E, embora não precise do aval específico para mapear Los Angeles, está coordenando seu programa em parceria com a cidade.
“Há uma tremenda oportunidade de aprender sobre como e se o desempenho de veículos autônomos pode ser melhorado ao se conectar à infraestrutura da cidade”, diz Seleta Reynolds, especialista em trânsito urbano e gerente geral do Departamento de Transportes de Los Angeles.
“A maneira como conseguiremos fazer isso é com empresas que realizam sua implantação de maneira intencional, com total visibilidade e conscientização da cidade”, diz ela. “É o que a Waymo está fazendo.”
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