Se você nunca ouviu falar da startup Babylon Health, saiba que talvez em breve ela faça parte da sua vida. A healthtech, que usa inteligência artificial para fornecer serviços de saúde, tem causado controvérsia no setor e encantado governos determinados a gastar menos em saúde pública.
Segundo o fundador da Babylon, o iraniano Ali Parsa, muitos dos problemas que as pessoas trazem para hospitais tem a ver com o que acontece antes da necessidade de ter de recorrer a um tratamento. Ou seja, somos péssimos em prever problemas de saúde.
Isso fez com que o empreendedor buscasse formas de facilitar a detecção de doenças antes que elas evoluam e gerem problemas no acesso a médicos. Parsa, então, uniu-se a um posto de saúde tradicional em Londres, em 2016, e o transformou no que, na prática, é um call center no qual médicos atendem pacientes por meio de uma plataforma de telemedicina, que usa IA para ajudar nos diagnósticos.
O posto rapidamente se tornou um dos maiores da capital britânica e o quinto maior do país, com mais de 70.000 pacientes que abandonaram suas unidades básicas de saúde para serem atendidas por meio da ferramenta.
Isso causou um enorme problema para a subprefeitura onde o consultório está localizado, que mesmo sendo operado pela startup, ainda é oficialmente um posto de saúde parcialmente financiado por dinheiro público, já que consultórios britânicos recebem uma quantia do sistema para manter cada paciente registrado. A conta para a autoridade local já ultrapassa a marca de 10 milhões de libras além do orçamento considerado normal.
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Por mais que Parsa tenha sido capaz de convencer investidores milionários sobre o potencial de sua plataforma, ainda precisa convencer médicos, que permanecem céticos sobre a precisão e eficiência do sistema.
Segundo estatísticas, 80% dos pacientes que usam o aplicativo da Babylon têm entre 20-39 anos de idade. Além da pressão nas contas públicas, outro argumento de críticos sobre o sistema é que, enquanto o aplicativo atende pacientes predominantemente saudáveis, o sistema público fica com pessoas mais velhas e com mais problemas de saúde para tratar. Há também preocupações sobre uma possível exclusão de pacientes cujos tratamentos custariam mais do que vale a pena para a empresa.
A falta de maturidade da tecnologia de IA que apoia um dos aspectos do serviço também é preocupante. O componente de checagem de sintomas do aplicativo da Babylon tem sido alvo de constante escrutínio de associações médicas depois de erros em diagnósticos terem sido apontados. Uma investigação da Forbes no ano passado revelou que até mesmo empregados da startup têm dúvidas sobre a eficácia da ferramenta.
Apesar das críticas e da disrupção que tem causado para o sistema de saúde nacional, a empresa conseguiu autorização do governo para expandir suas operações para as cidades inglesas de Birmingham e Manchester neste ano.
O governo britânico tem interesse em encampar uma agenda de tecnologia como a cura para os problemas orçamentários e de eficiência do NHS, sistema público de saúde do país, considerado um dos melhores do mundo.
Essa ênfase em automação e redução de recursos com uso de dados para prever doenças é uma das tendências para o setor de saúde para os próximos 30 anos e fez com que políticos no alto da cadeia alimentar, como o próprio secretário de saúde britânico, Matt Hancock, apoie publicamente o uso do aplicativo da Babylon como alternativa viável para postos de saúde.
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Além do crescimento em seu mercado natal, a empresa dá passos largos em direção a uma expansão internacional, com Canadá e Estados Unidos entre seus próximos grandes mercados. Na China, a empresa já testa seus serviços em parceria com gigantes da tecnologia, como a Tencent.
A Babylon também está presente em países em desenvolvimento, onde o sistema público de saúde é precário ou inexistente. A operação em Ruanda, por exemplo, já tem 2 milhões de usuários.
Segundo a empresa, ainda não há planos imediatos de expansão para a América Latina, mas a Babylon afirma que tem investido “muito tempo e energia” em explorar oportunidades em países emergentes, onde busca convencer usuários e governos sobre o potencial de sua tecnologia.
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A empresa de transporte urbano 99 entregou hoje, em solenidade na prefeitura de Porto Alegre, um projeto piloto de um sistema de gestão inteligente de trânsito. A ferramenta, desenvolvida pela startup para a cidade, promete dar informações em tempo real sobre o trânsito, como velocidade média dos automóveis e horários de maior movimento, que podem ser usadas por agentes públicos para apoiar intervenções no trânsito.
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O RME Conecta, programa da Rede Mulher Empreendedora que seleciona, capacita e conecta negócios liderados por mulheres com grandes empresas, abriu inscrições para sua segunda turma. O programa inclui um treinamento presencial de dois dias sobre temas como negociação comercial, bem como um selo de certificação com validade de um ano e conexão com empresas, por meio de rodadas de negócios. Empresas participantes nas atividades da última turma incluem a Procter & Gamble, Santander Liberty Seguros e Astra Zeneca.
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Amanhã (16) e quinta-feira acontece no Grande Teatro da SCAR, em São Paulo, o SpinUp Summit, que vai abordar o papel das startups na mais recente “revolução das indústrias.” A programação inclui palestras, painéis e workshops, como nomes como o economista Samy Dana, o CEO da GR1D, Guga Stocco e o head de inovação da Visa, Erico Fileno.
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Estão abertas as inscrições para a Semana de Inovação, que acontecerá em Brasília entre 4 e 7 de novembro. A quinta edição do evento é um projeto do Ministério da Economia, a Escola Nacional de Administração Pública, o Tribunal de Contas da União e da Faculdade LatinoAmericana de Ciências Sociais, em parceria com diversas instituições do governo federal. Com o tema de “Governo para as Pessoas”, a conferência de inovação espera reunir cerca de 1.500 participantes e mais de 80 palestrantes durante os 4 dias de atividades, que incluirão palestras, oficinas e mesas redondas.
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Angelica Mari é jornalista especializada em inovação há 18 anos, com uma década de experiência em redações no Reino Unido e Estados Unidos. Colabora em inglês e português para publicações incluindo a FORBES (Estados Unidos e Brasil), BBC, The Guardian e outros.
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