Resumo:
- O primeiro dia do FORBES Start teve debate sobre agricultura e alimentação, liderado por nomes do setor como Mariana Vasconcelos, fundadora e CEO da Agrosmart, e Diego Barreto, CFO do iFood;
- Amanhã, o palco, dentro da São Paulo Tech Week, recebe o debate “Work hard, study hard: ideias sobre educação e trabalho” e especialistas de companhias como Nubank e Adobe.
- As inscrições são gratuitas e estão abertas.
O primeiro dia do palco FORBES Start, evento exclusivo dentro da programação da São Paulo Tech Week, começou hoje (25) com nomes de peso no debate “Do campo à mesa: ideias sobre agricultura e alimentação”. A mesa redonda mediada pela jornalista e colunista da Forbes Angelica Mari segue nos próximos dois dias com temas ligados a inovação. Clique aqui para se inscrever.
Amanhã (26), o palco FORBES Start recebe o debate “Work hard, study hard: ideias sobre educação e trabalho”, no qual especialistas, como Renee Maudlin, CPO da Nubank, e Federico Grosso, general manager para América Latina da Adobe, discutirão como estes dois pilares criam e educam pessoas para o mercado e uma sociedade melhor. Em seguida, no Start Expo haverá a conversa sobre gig economy.
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Dia 1 FORBES Start
A abertura do painel foi feita por Oliver Cunningham, sócio-líder de inovação da multinacional de consultoria KPMG. Em um keynote inspirador, o executivo introduziu a conversa falando sobre a importância de se manter sempre atualizado e em busca constante de aprendizado. “Hoje, quem acha que sabe de tudo, já começa enganado”. Ele seguiu enfatizando que a concorrência deve ser algo eliminado e que as empresas devem trabalhar sempre juntas para evoluir o setor que trabalham.
Em seguida, Mariana Vasconcelos, fundadora e CEO da Agrosmart, falou sobre como a tecnologia irá impulsionar o campo, já que os próximos anos é previsto aumento da demanda da produção agrícola em quase 70%. “Disso, 90% será fruto do uso da inovação. Não só a digital, mas também de evolução dos modelos tradicionais de negócios”, afirmou. Segundo ela, a maioria das terras cultiváveis no mundo estão na América Latina e na África, mas essas regiões ainda carecem de infraestrutura de conectividade digital e geográfica. Outro problema apontado por ela é o uso da água. “Setenta porcento da água doce é usada na agricultura. Precisamos entender a melhor forma de utilizá-la para reduzir o consumo”, alertou Mariana. A CEO da Agrosmart também destacou que os Estados Unidos passam por esses mesmos problemas, só que dão menos atenção por considerarem “problema de país de terceiro mundo”.
Juliana Glezer, coordenadora de inovação da Nestlé, foi a terceira a falar no palco. O foco de seu discurso foi a assertividade na entrega de produto. “Dentro da área de transformação digital, há uma equipe dedica a coletar os dados, outra para interpretá-los e levar os produtos para onde o consumidor está e da inovação, que tem como objetivo nos levar aos melhores produtos e forma de se comunicar”, explicou. Para ela, há muitos dados coletados pelas empresas, mas falta para elas entender como aplicá-los e entregar resultados da forma mais rápida possível.
Seguindo o raciocínio, Victor Santos, cofundador da LivUp, enfatizou a necessidade de uma experiência personalizada para o cliente. “Nos mercados comuns, os produtos estão expostos em uma bancada. Isso é uma experiência padronizada e que não conecta com o consumidor”, comentou. Santos acredita ainda que, quando se entendem os hábitos e preferências de seus clientes, o produto passa a ser feito “com eles e para eles”. Com isso, é possível atingir objetivos a longo prazo, combinando a interação da tecnologia com as pessoas.
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Diego Barreto, CFO do iFood, levou a conversa para a força do brasileiro contemporâneo. “Antigamente, se você reclamava para alguém e o problema não era resolvido, ficava por isso mesmo. Hoje, o jovem pode ir para rede social e ter um efeito muito melhor. É uma sociedade que pensa, fala e faz”, comentou. Disse também que nos dias atuais, o brasileiro não enxerga as barreiras que limitam seus desafios, ele vai atrás. “Isso é graças ao imediatismo que temos hoje”, completou Barreto. Para ele, tal comportamento implica no surgimento de startups e empresas de diversos segmentos. “Se tem muitas empresas fazendo e apostando em algo, é porque há uma demanda e uma necessidade do público consumidor”.
Concluindo a discussão, os profissionais concordaram que falta no brasil uma startup unicórnio no setor agropecuário, já que o país é referência mundial, possuiu insumos e cultura propícia para isso. Além disso, o uso da inteligência artificial é a melhor forma de fidelizar o consumidor, já que ele terá a sensação de que o negócio entende suas necessidades.
Start Expo
Depois de um breve intervalo, o palco foi ocupado por Diego Figueiredo, CEO da Nexo, e Conrado Cotomácio, consultor de experiência do consumidor da empresa. No Start Expo, que finalizou a programação do FORBES Start, os dois discutiram grandes ideias em soluções compartilhadas para inovação em empresas.
O CEO da consultoria focada no desenvolvimento de soluções com inteligência artificial observou que uma das principais dificuldades das empresas brasileiras, no cenário de crescimento veloz das startups, principalmente norte-americanas, é tentar imitá-las na metodologia e forma de inovar. “Nem sempre o que este tipo de organização faz se adequa à uma grande companhia, visto que existe uma complexidade de processo muito grande”, disse. “Não dá para simplesmente fazer um desenho, um protótipo e achar que vai resolver o problema de uma linha de produção. Se isso for colocado em prática sem ter construído de fato uma solução, vai gerar milhões de prejuízos.”
Os dois porta-vozes exibiram a plataforma de metodologia da empresa Journey, que tem como foco resolver um empecilho de forma inovadora a cada 50 dias. “É necessário focar nos problemas, para poder ampliar as soluções. Deve-se se reinventar, adotar uma estratégia de longo prazo que defina o obstáculo a fim de descobrir de que forma solucioná-lo e depois testar e falhar”, afirmou Cotomácio.
A questão sobre o papel dos seres humanos no processo de decisão e criação de respostas para os problemas, em um cenário onde a sua identificação se torna automatizada, foi abordada durante o período de perguntas e respostas. Figueiredo explicou como a identificação de problemas é completamente manual (e humana). “A gente vai pra dentro da empresa e visita os setores. Desse modo, nós olhamos para a companhia como um todo, ou ela define quais são os setores foco. Assim, mapeamos junto a cada funcionário, que vivencia aquele problema no dia a dia, quais são as suas dores e se elas impactam outras áreas da organização”, concluiu.
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