Há um par de semanas, enquanto avaliava com minha equipe alternativas de investimentos interessantes para mulheres que planejam pausas em suas carreiras, fui surpreendida por um assessor com a pergunta: “Meu cliente vai se separar, quer esconder o patrimônio, pois está certo de que sua futura ex-esposa não sabe lidar com dinheiro. Ele quer produtos adequados para validar essa estratégia. O que oferecemos?”.
Após um breve silêncio, apesar dessa informação não surpreender, ignorei a questão, engoli o desconforto e segui o raciocínio anterior: definitivamente, eu quero ajudar vocês a cuidar do próprio dinheiro, a ter precaução com os “inteligentinhos”.
Já vimos por aqui o que é uma carteira de investimentos e por que você precisa de uma. Quando a mulher decide tomar para si as rédeas do dinheiro, suas chances de sair das estatísticas diminuem drasticamente. Só lembrando: a cada 4 delas, 3 acabam pobres na velhice.
Mas como saber qual investimento adequado aos seus objetivos? Eu disse: aos “seus” objetivos?
O primeiro passo é saber exatamente quanto custa sua vida por mês. Já parou para pensar qual o preço de viver como você gostaria? Respeitando-se de fato?
Segundo: pague-se primeiro. Não importa como estão suas finanças hoje, inverta a pergunta. Em vez de “Quanto posso depositar em meu futuro todos os meses?” mude para “Quanto devo depositar em mim todos os meses?”. Sim, investir em si mesma é um dever.
Terceiro: quando você decide ser uma investidora, precisa abrir conta em uma plataforma de investimentos (corretora). Ok? Supere esse medo.
Quarto: qual seu perfil de investidora? Ao abrir conta em uma dessas plataformas, você preenche um questionário que avalia quais riscos está predisposta assumir para compra de determinados produtos. Atenção! Com a taxa de juros no menor patamar da história, ser cautelosa demais pode atrapalhar seus planos de independência.
Conservadora, moderada, agressiva/sofisticada… são esses os perfis nos quais você pode se enquadrar. Dependendo do risco inerente às suas características, você pode ser impedida de comprar produtos na corretora que não condizem com seu estado emocional.
Quinto: informação é sem dúvida sua maior aliada nesse processo. Quer renda fixa? Que tal Tesouro Direto, LCIs, CRIs CRas, debêntures?
Está confusa?
Comece por um fundo. Aliás, fundos, tanto de renda fixa quanto renda variável, são ótimas opções para quem decide investir.
No meu canal do YouTube, Mary Poupe, e no meu perfil no Instagram, @marypoupe, eu dou opções que certamente vão casar com seus objetivos.
Sexto: disciplina. Todos os meses, invista em seu “eu” futuro. Defina uma estratégia e avance. Dinheiro é um soldado. Você é quem deve dar as ordens.
Lembre-se de que a zona de conforto é o lugar mais arriscado para se ficar. Os inteligentinhos que o digam!
Francine Mendes é educadora financeira para mulheres, economista pela Universidade Federal de Santa Catarina, com mestrado em psicanálise do consumo pela Universidade Kennedy. Apresentadora do canal Mary Poupe, no YouTube, e comunicadora na RiCTV Record.
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