O mercado global de embalagens de produtos à base de cannabis deve ultrapassar US$ 20,4 bilhões por ano até 2025, revelou um relatório da Zion Market Research. Só em 2018, esse segmento – tão específico – foi responsável por gerar US$ 12,63 bilhões em todo o mundo.
A embalagem é um dos processos considerados mais crucias na indústria em função da variedade de regulamentações impostas por cada um dos países. Ela pode ser rígida ou flexível e ainda variar de acordo com a área de aplicação – médica ou recreativa. Além disso, os fabricantes estão investindo em recipientes que protejam o produto. As chamadas embalagens ativas – aquelas que interagem com o conteúdo para prolongar sua vida útil e aumentar seu tempo de prateleira – estão em alta. Elas são capazes de preservar os níveis de THC, controlando os índices de oxigênio e de dióxido de carbono, a umidade e o resfriamento termodinâmico. Para completar, esse sistema de armazenamento também aumenta o grau de segurança, já que libera antioxidantes que diminuem a incidência de bactérias, fungos e outros patógenos.
O motivo da aposta é a crescente demanda pela cannabis principalmente no território norte-americano. Espera-se que as embalagens rígidas contribuam significativamente para a evolução desse mercado, devido ao uso extensivo de frascos e ampolas para cannabis medicinal nos centros médicos autorizados pelos governos dos países onde é legalizada. A maconha é usada para reduzir vômitos e náuseas durante as sessões de quimioterapia, melhorar o apetite de pacientes com Aids e diminuir as dores crônicas e espasmos musculares.
Por outro lado, o potencial do uso da cannabis com caráter recreativo não pode ser desprezado, já que deve ser impulsionado de maneira expressiva principalmente nos Estados Unidos, Canadá e África do Sul.
Aquelas embalagens típicas de petiscos para pets, com fecho zip, por exemplo, estão ganhando espaço no mercado de cannabis comestível. É um formato de fácil identificação, com um toque premium e espaço para o rótulo e marca capaz de atrair os consumidores modernos. É preciso, no entanto, tomar cuidado com recursos como brilhos, desenhos e determinadas palavras que até podem fazer sentido do ponto de vista de marketing, mas que acabam atraindo as crianças – e a fiscalização.
No caso da cannabis comercializada em buds (flores), é preciso levar em consideração que, quando exposta a alguns elementos, especialmente o oxigênio, seu prazo de validade e potência podem ser comprometidos. Para evitar isso, a solução é usar uma embalagem com atmosfera modificada, tecnologia que conta com uma descarga de nitrogênio antes do fechamento. O nitrogênio desloca o oxigênio, postergando a oxidação e a deterioração.
Mas, ao mesmo tempo em que a indústria da cannabis está vivendo um crescimento sem precedentes, também está criando uma quantidade enorme de resíduos de embalagens. Estima-se que 10 mil toneladas desses resíduos foram geradas apenas no primeiro ano de legalização no Canadá, devido à utilização de plásticos de difícil reciclagem que acabam em aterros sanitários. Empresas como a Sana Packaging estão tentando resolver o problema usando bioplástico de cânhamo (à base de plantas), plástico oceânico recuperado e outros materiais sustentáveis.
Outra preocupação recorrente é o acesso das crianças. Além de não chamar a atenção dos pequenos, as embalagens devem, obrigatoriamente, evitar que eles consigam chegar ao produto. Algumas das medidas de segurança mais usadas incluem tampas de girar ou pressionar, latas de metal e dosagem calibrada com recursos de travamento.
As empresas que vão vender seus produtos nos dispensários precisam, ainda, levar em conta a rotulagem regulamentar que aparecerá no produto final entregue aos consumidores. É necessário haver uma área de superfície suficiente para garantir que a identidade da embalagem não seja perdida entre os adesivos de conformidade. Os regulamentos federais e municipais que regem a cannabis são complexos e variam de acordo com a região.
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Solução do bem
A assessoria de investimentos WFLOW e a fintech SmartBrain anunciaram uma solução que ajuda os investidores no controle e organização de suas aplicações financeiras. Batizada de smartReport, a novidade permite acompanhar, automaticamente, a evolução diária da rentabilidade de uma carteira de investimentos, o desempenho de cada aplicação e suas contribuições no resultado do portfólio, a performance em cada uma das instituições financeiras e ainda oferece uma análise entre risco e retorno dos ativos. “A iniciativa vai ao encontro da necessidade de alguns clientes, que possuem seus recursos em mais de uma entidade e precisam consolidar todos os seus investimentos em um único lugar, de forma prática e fácil. Assim, eles poderão ter a visão de quais aportes estão sendo mais rentáveis e decidir por alocações mais otimizadas e lucrativas”, explica Ricardo Czapski, sócio-diretor da WFLOW. “Os investidores estão mais cada vez mais exigentes e procuram serviços de qualidade”, completa Cassio Bariani (foto), presidente e CEO da SmartBrain.
E como nem tudo é apenas lucro, a iniciativa estabelece que 25% das vendas do sistema serão destinadas ao Gerando Falcões, organização social que atua nas periferias, sobretudo em iniciativas de educação e capacitação profissional, criada por Eduardo Lyra, eleito Under30 pela FORBES na primeira edição, em 2014. “Nosso plano é que esses recursos ajudem a custear a contratação de alunos do projeto. Acreditamos que tão importante quanto doar dinheiro para a formação das pessoas, é preciso dar continuidade, gerando emprego a elas depois de formadas.”
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Natal à vista
As vendas de Natal devem movimentar R$ 60 bilhões este ano, revelou uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O número é bem parecido com o de 2018, de R$ 53,5 bilhões, com 77% dos brasileiros – ou 119,8 milhões – dispostos a fazer compras na data mais importante do ano para o varejo. Cerca de 72% das pessoas dizem que pretendem pagar à vista, enquanto entre aquelas que vão dividir o pagamento a média é de cinco prestações. O tíquete médio dos presentes deve girar ao redor de R$ 125 e os estabelecimentos preferidos para compras são lojas de departamentos (41%), internet (41%) e shopping centers (37%).
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Banco Votorantim ganha reforço
Guilherme Horn está chegando ao Banco Votorantim para assumir a diretoria de estratégia digital e inovação. Mestre em Administração de Empresas pela PUC-RJ, Doutor em Ciências Empresariais na UMSA (Argentina) e especialização pelo MIT, o executivo é um dos maiores especialistas no país em serviços financeiros digitais, segmento onde as fintechs têm conquistado espaço cada vez maior. Horn deixa o cargo de diretor executivo de inovação da Accenture para a América Latina para assumir o novo desafio. Em paralelo à chegada de Horn, a entidade financeira anunciou o lançamento do BVx, sua unidade de negócio dedicada para se conectar com novos parceiros, testar novas tecnologias e avançar na experiência do cliente dentro do seu laboratório de inovação.
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