Em sua terceira rodada de investimentos, a Loft acaba de captar US$ 175 milhões em uma operação liderada pela Vulcan Capital e Andreessen Horowitz. Com o novo aporte, a startup de compra e venda de imóveis levou sua avaliação de mercado a mais de US$ 1 bilhão, o que a torna o primeiro unicórnio brasileiro de 2020.
Com apenas 16 meses de operação, a Loft, fundada pelo húngaro Mate Pencz e pelo alemão Florian Hagenbuch em agosto de 2018, já levantou outros US$ 275 milhões em rodadas anteriores. Os novos recursos serão usados em iniciativas de expansão, tanto no Brasil quanto no exterior – as próximas cidades a receber a startup, que atualmente atua só em São Paulo, são Rio de Janeiro e Cidade do México.
O negócio da empresa começou com a compra de apartamentos usados, a reforma por meio de parcerias com empreiteiros e, em seguida, a revenda por valores até 45% maiores. Naquele começo, apenas propriedades de luxo em bairros nobres da capital paulista faziam parte da plataforma. A atuação foi se expandindo e, em novembro do ano passado, a empresa passou a operar com imóveis menores, voltados a públicos de diversos poderes aquisitivos. “Começamos comprando, reformando e vendendo apartamentos maiores. Agora aprendemos também a precificar e reformar em escala e simultaneamente os imóveis menores”, disse Mate Pencz, Co-CEO da Loft, na época à FORBES.
O empreendedor ressaltou que a proposta, no entanto, permanecia a mesma: melhorar a experiência de quem vende proporcionando mais liquidez e agilidade na documentação, além da transparência, com preço calcado em transações reais, e reformas mais rápidas e com garantia. Segundo ele, o objetivo era que a nova unidade de negócios fosse responsável por 20% do faturamento total da empresa logo nos primeiros meses.
Essa meta pode ter sido o motivo da reunião de João Vianna, também cofundador da empresa, com investidores e family offices em um petit comité organizado pelo Banco Safra, chamado Safra Tendência, na sede da instituição, na Avenida Paulista, no final de novembro, para apresentar as oportunidades exclusivas para grandes investidores. Até então, a Loft estruturava seus fundos imobiliários exclusivamente com o Credit Suisse.
A Loft é a empresa brasileira que chegou ao posto de unicórnio mais rapidamente. O aplicativo de transporte 99, por exemplo, considerado oficialmente o primeiro unicórnio brasileiro, foi alçado ao posto em janeiro de 2018, seis anos depois da sua fundação em 2012, graças à compra pela chinesa Didi Chuxing por US$ 600 milhões. O Nubank, que conquistou o título em março do mesmo ano, foi criado cinco anos antes.
O Brasil tem, agora, 11 unicórnios. Além dos já mencionados, também estão na lista PagSeguro, Arco Educação, Gympass, Wildlife, Ebanx, Movile (iFood), Stone e Loggi.
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Novo hub de inovação
Em modo experimental desde o primeiro semestre de 2019, o Impacta Open Startup foi lançado oficialmente nos últimos dias. O hub – idealizado pela Faculdade Impacta, pela DUXcoworkers, que utiliza UX e cultura de coworking para desenvolver projetos inovadores, e pela plataforma de equity crowfunding My First IPO – tem como meta fomentar o ecossistema de inovação e de novos negócios no Brasil. “O maior desafio de empreendedores não está somente na tecnologia, no modelo de negócios, na escolha do time ou na velocidade do crescimento, mas sim em entender os fundamentos e aprender como construir uma empresa inovadora para o longo prazo”, diz Adolfo Menezes Melito, presidente da My First IPO. A iniciativa vai utilizar o pitch reverso, ou seja, a plataforma de equity crowfunding entrará com o acesso ao capital de risco, oferecendo caminhos para o financiamento, e a DUXcoworkers no desenvolvimento de soluções com a aplicação de técnicas de design e User Experience. “As empresas e startups têm dificuldade em tomar decisões quando o foco é a experiência do usuário. Falta assertividade nos projetos frente aos objetivos de seu criador e aos anseios do público a ser atingido. Se os consumidores têm o poder de decisão, é preciso fidelizá-los. E é aí que o design de experiência entra e trilha um caminho para que estas empresas prosperem”, explica Melina Alves, CEO da DUXcoworkers.
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Alexa, pague o combustível!
Os assistentes de voz estão se tornando capazes de lidar com cada vez mais aspectos da nossa vida. Para 2020, a Alexa promete facilitar o pagamento de combustível em mais de 11.500 postos da Exxon e Mobil nos Estados Unidos. Bastará o motorista dar o comando de voz e a transação será processada via Amazon Pay usando os detalhes de pagamento armazenados em sua conta Amazon. Ele, então, confirma o local do posto de gasolina e a bomba usada antes que o assistente conclua a transação. O recurso estará disponível em veículos com a Alexa embutido, em telefones habilitados e outros dispositivos, como Echo Auto e Echo Buds.
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Banco24Horas ganha novas opções
O HUBDigital, plataforma da TecBan para acelerar a entrada de novas instituições de pagamento, fintechs e bancos sociais ao Banco24Horas, acaba de concluir a inclusão das primeiras empresas no sistema. Clientes da Somapay e da Eucard, empresas especializadas em meios de pagamento, já podem realizar transações financeiras na rede. “Acreditamos na integração físico-digital para proporcionar mais liberdade de escolha aos clientes, que contarão com um maior leque de possibilidades para utilizarem seu dinheiro. Com a solução, esperamos atrair novas fintechs para ampliar o acesso ao dinheiro físico”, diz Tiago Aguiar, head de novas plataformas da TecBan.
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