Os índices futuros norte-americanos têm alta na manhã de hoje (13), sugerindo que os investidores aguardam com mais tranquilidade novas informações sobre a tensão entre Irã e Estados Unidos.
No sábado (11), o governo iraniano admitiu ter abatido por um ‘erro humano’ o voo 752 da Ukraine International Airlines, causando a morte de 176 pessoas. O avião havia partido do aeroporto de Teerã em direção à capital da Ucrânia, Kiev, dois dias antes da confissão do ataque.
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O anúncio gerou uma série de protestos violentos no Irã contra e também em favor do regime do aiatolá Ali Khamenei. A tensão teve início com a execução do general iraniano Qassem Soleimani por um drone no aeroporto de Bagdá, após ordem do presidente dos EUA, Donald Trump, no início de janeiro. Como retaliação, o exército do Irã lançou bombas em duas bases militares norte-americanas no Iraque sem causar mortes, segundo fontes oficiais.
Na Ásia, os principais índices de ações fecharam no positivo, com Nikkei (Japão) em alta de 0,47%, Kospi (Coreia) com valorização de 1,04% e Sseco (China), com ganhos de 0,75%. Na Europa, a maioria dos índices segue no positivo. Com a redução do foco no Oriente Médio, as atenções voltam-se aos desdobramentos da guerra comercial EUA-China. Nesta semana, é aguardado um acordo entre as nações com a chegada do vice-premiê chinês hoje, em Washington, para as negociações sobre as tarifas de produtos comercializados entre os dois países.
Ainda no exterior, a agenda econômica segue carregada com o início da temporada de divulgação de balanços de empresas, publicação do Livro Bege na quarta-feira (15) pelo Federal Reserve com informações sobre a economia norte-americana, dados de emprego e inflação naquele país, além do PIB, Produto Interno Bruto da China, a ser anunciado às 23h (horário de Brasília), nesta quinta-feira (16).
Aqui no Brasil, a agenda econômica é igualmente cheia na semana. Hoje, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) divulgou a inflação medida pelo IPC, que registrou alta de 0,78% na primeira quadrissemana de janeiro, mostrando desaceleração na comparação com o dado de dezembro a 0,94%. Às 15h, haverá a divulgação da balança comercial brasileira.
Na quarta-feira (15), anúncio dos números de Vendas no Varejo e, na quinta-feira (16), inflação medida pelo IPC-S e IGP-10. Na sexta-feira (17), os investidores vão conhecer os números sobre Utilização da Capacidade Instalada pela CNI, a Confederação Nacional da Indústria. Sem data prevista durante a semana, o Banco Central anunciará o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB brasileiro.
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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT.
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