O mercado acionário brasileiro respondeu hoje (24) com mais força aos temores internacionais sobre a propagação do coronavírus e, à tarde, o Ibovespa ampliou perdas.
Nos Estados Unidos, os índices também tiveram queda acentuada. De acordo com o Rafael Tucci, diretor de risco e compliance da Giant Steps Capital, o mercado aqui ficou em linha com o comportamento da renda variável norte-americana.
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“O fechamento de hoje no Brasil foi bastante carregado pela correlação muito forte com o índice S&P 500. A bolsa lá nos EUA inverteu e, aqui, acabou acompanhando”, explica Tucci.
Ele ainda ressalta a proximidade das eleições presidenciais nos EUA. “Até março, quando começam as primárias das eleições norte-americanas, espera-se uma volatilidade maior”, alerta.
O índice VIX de volatilidade, conhecido como “Índice do medo”, teve alta acentuada ao longo da sessão e variou de cerca de 3% pela manhã para uma máxima de 14% à tarde.
No Brasil, o Ibovespa encerrou com queda de 0,96% aos 118.376 pontos.
As maiores baixas do índice foram da Via Varejo (VVAR3) com recuo de 4,35% a R$ 14,50, CSN (CSNA3) com menos 3,74% a R$ 14,91, Braskem (BRKM5) com desvalorização de 3,51% a R$ 37,63, Iguatemi (IGTA3) com queda de 3,38% a R$ 55,15 e Cyrela (CYRE3) que perdeu 3,03% a R$ 33,34.
Já os destaques de alta do Ibovespa foram da Weg (WEGE3) com valorização de 4,49% a R$ 41,43, Ambev (ABEV3) que subiu 1,82% a R$ 18,99, Hering (HGTX3) com avanço de 1,79% a R$ 27,28, Cemig (CMIG4) com ganhos de 1,05% a R$ 15,44 e B3 (B3SA3) que teve alta de 0,60% a R$ 48,99.
Na próxima semana, começa a temporada de divulgação de balanços do quarto trimestre de 2019 com os resultados das empresas brasileiras listadas na bolsa. Na segunda-feira (27), a Cielo divulgará seus números aos acionistas.
O período de divulgação de balanços seguirá durante todo o mês de fevereiro até a primeira quinzena de março.
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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT
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