Reguladores financeiros da Grã-Bretanha estão investigando o executivo-chefe do Barclays, Jes Staley, sobre seus vínculos com o ex-financista Jeffrey Epstein, morto no ano passado, e temem que ele não tenha sido totalmente transparente sobre a extensão do relacionamento entre eles.
Staley, um executivo bancário americano, ingressou no Barclays em 2015 e disse ao banco que havia desenvolvido uma amizade com Epstein em 2000 enquanto era cliente do JPMorgan. Staley assumiu o comando da divisão de private banking do JPMorgan em 1999.
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A Financial Conduct Authority, autoridade de conduta financeira, está investigando junto com a entidade regulatória do Banco da Inglaterra. O Barclays disse que a investigação está focada na caracterização do relacionamento com Jeffrey Epstein por Staley e em como ele descreveu esse relacionamento para a FCA.
Uma investigação interna do Barclays não encontrou nenhuma preocupação com a maneira como Staley se comportou em relação ao seu relacionamento com Epstein, que foi condenado em 2008. Segundo o banco, Staley confirmou que não tinha contato com Epstein, criminoso sexual condenado, desde 2015.
Staley disse à Bloomberg ontem (12): “É bem conhecido na imprensa que eu tive um relacionamento profissional de longa data com Jeffrey Epstein. Tudo começou em 2000, quando me pediram para administrar o banco privado do JP Morgan e ele já era um cliente do banco na época.”
“A investigação está realmente focada na transparência e se eu fui transparente e aberto com o banco e com o conselho, com relação ao meu relacionamento com Jeffrey Epstein. E, de fato, está claro em minha mente que, desde 2015, quando entrei para o Barclays, fui muito transparente com o banco e muito aberto e disposto a discutir o relacionamento que tive com ele.”
O relacionamento de Staley com Epstein, que se enforcou na prisão em agosto passado, foi colocado sob os holofotes depois que o ex-financista foi acusado de tráfico sexual de menores de idade. O “New York Times” divulgou em julho os laços profundos de Epstein com executivos influentes de Wall Street e investidores ricos, muitos dos quais mais tarde se tornariam clientes dos negócios bancários privados e de gerenciamento de ativos do JPMorgan. O banco havia marcado Epstein como um cliente problemático várias vezes após sua condenação em 2008, mas ele só foi excluído em 2013, de acordo com o “NYT”.
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