O Ibovespa teve hoje (27) nova queda, em outra sessão volátil devido às preocupações com a propagação do coronavírus e seus reflexos na economia mundial, mas com bancos atenuando a pressão negativa, enquanto Ambev foi destaque de baixa (-8,34%) após prognóstico de cenário difícil para o começo de 2020.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 2,59%, a 102.983,54 pontos, mínima de fechamento desde 9 de outubro, após ter chegado a subir durante a sessão. O giro financeiro do dia somou R$ 39,7 bilhões.
“O movimento de hoje corrobora que, ao menos no curto prazo, a volatilidade veio para ficar”, afirmou o analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos.
A queda foi bem menor do que os 7% de ontem (26), quando as ações brasileiras se ajustaram a fortes perdas nos mercados globais no começo da semana, em meio à rápida disseminação do coronavírus para outros países além da China.
A equipe da gestora de recursos Safari Capital destacou que a volatilidade extrema dos últimos dias incomoda, mas ressaltou que momentos de pânico no mercado também abrem oportunidades.
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Apesar do fechamento ainda negativo, o Ibovespa apresentou um melhor desempenho que o norte-americano S&P 500, que terminou o dia em baixa de 4,43%.
O Goldman Sachs cortou suas previsões para os lucros das empresas dos Estados Unidos em razão dos efeitos do coronavírus e agora espera estagnação em 2020 ante o ano passado.
O novo coronavírus atingiu principalmente a China, mas já se espalhou para mais de 40 países, incluindo os Estados Unidos. O Brasil confirmou na quarta-feira o primeiro caso de infecção em um paciente de São Paulo.
O ritmo de contágio nesses últimos dias trouxe apreensão quanto a um efeito na atividade global ainda maior do que o estimado quando os casos estavam concentrados na China, onde o cenário sugere desaceleração na velocidade de propagação. Algumas casas já cortaram previsões para o PIB global.
Agentes financeiros também monitoram o cenário político, incluindo a polêmica entre o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso, após ele compartilhar vídeo que convida a população a participar de manifestações contra os parlamentares.
“O temor é que possa haver algum impacto no calendário de aprovação das reformas”, destacou a equipe da XP Investimentos.
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