O dólar começou a semana em alta ante o real, devolvendo quase toda a queda da sessão anterior e retomando nível perto de R$ 4,33, em dia sem a referência dos mercados norte-americanos, sem injeção de liquidez pelo Banco Central e com receios em torno de manifestação de caminhoneiros em Santos (SP).
“O mercado deve continuar à mercê das rápidas mudanças do humor no exterior, enquanto as atenções se voltam a Santos”, disse a Guide Investimentos em nota.
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Caminhoneiros realizam hoje (17) uma manifestação de 24 horas na entrada do porto de Santos, o maior do Brasil. A assessoria de imprensa do porto afirmou que o movimento dos caminhoneiros afetou a descarga de produtos nas esteiras de granéis minerais, que usualmente transportam fertilizantes importados, na área do cais público.
O mercado ainda tem na memória a greve dos caminhoneiros de 2018. A paralisação de mais de dez dias só terminou após o governo atender a uma série de demandas, inclusive redução no preço do combustível, gerando elevado custo fiscal e impactando visivelmente a economia.
O dólar à vista fechou em alta 0,66%, a R$ 4,3295 na venda. Na sexta, a moeda havia recuado 0,79%. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez tinha alta de 0,69%, a R$ 4,3300.
O real tinha o pior desempenho entre as principais moedas globais nesta sessão, em sessão na qual o Banco Central fez apenas a rolagem de 13 mil contratos de swap cambial.
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Nos dois pregões anteriores, a moeda brasileira esteve na ponta positiva após o BC vender US$ 2 bilhões em contratos de swap cambial tradicional. A oferta líquida desses ativos –que, na prática, funcionam como injeção de liquidez no mercado– não ocorria desde agosto de 2018.
A alta do dólar ocorreu ainda com menor liquidez de investidores estrangeiros, mais à parte do mercado numa segunda-feira sem negócios em Wall Street pelo feriado do Dia dos Presidentes.
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