A bolsa brasileira abriu em forte queda hoje (21) e mantém a baixa acentuada com investidores aqui com dupla preocupação. A primeira é quanto ao impacto nas finanças das empresas em todo o mundo pelo surto de Covid-19, causada pelo coronavírus, na China e em propagação em outros países.
A segunda preocupação de participantes do mercado é quanto ao carnaval. Embora a bolsa brasileira esteja fechada, sem negócios, até a tarde de quarta-feira de cinzas, as operações em outras bolsas estrangeiras prosseguem sob este clima de aversão ao risco. Por isso, analistas de corretoras orientam clientes a terem muita cautela no pregão de hoje e prepararem-se para evitar prejuízos neste longo período sem poder operar.
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Às 11h10, horário de Brasília, o Ibovespa caía 1,38% aos 113.001 pontos.
De toda a carteira do Ibovespa, apenas quatro ações tinham valorização: WEG (WEGE3) com alta de 1,92% a R$ 48,40, Lojas Americanas (LAME4) que subia 1,71% a R$ 27,30, Carrefour (CRFB3) com mais 0,65% a R$ 21,61 e Marfrig (MRFG3) com avanço de 0,22% a R$ 13,80.
Entre as principais baixas do índice, as ações da Vale (VALE3) perdiam 3,24% a R$ 50,51 no dia seguinte à divulgação do balanço da mineradora em 2019, que reportou prejuízo de R$ 1,562 bilhão no quarto trimestre.
No balanço, a companhia também divulgou um relatório do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário formado para investigar o rompimento da barragem de Brumadinho, que causou a morte de, pelo menos, 259 pessoas.
De acordo com a investigação, ao menos desde 2003, a Vale tinha informações que indicavam as condições frágeis da barragem.
Ainda segundo o relatório, as medidas de segurança adotadas foram “limitadas e malsucedidas” e a companhia sabia que os impactos seriam significativos no caso de um rompimento.
Junto com Vale, na lista das maiores perdas do Ibovespa, Rumo (RAIL3) com desvalorização de 3,03% a R$ 23,40, Bradespar (BRAP4) com menos 2,87% a R$ 37,20, Sulamérica (SULA11) com queda de 2,85% a R$ 58,29, e IRB (IRBR3) que caía 2,84% a R$ 50,72.
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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT
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