O dia foi de recuperação para a bolsa brasileira, que acompanhou um melhor ânimo das bolsas no exterior, principalmente no período da tarde de hoje (3), quando o índice firmou ganhos junto com os índices de ações nos Estados Unidos.
Um certo alívio sobre o avanço do coronavírus foi a justificativa para os ganhos deste pregão. Os investidores estariam mais tranquilos com as medidas adotadas pelas autoridades em todo o mundo para conter a disseminação da nova doença que já matou mais de 360 pessoas na China.
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O Ibovespa fechou com alta de 0,76% aos 114.629 pontos.
As maiores altas do índice foram da Braskem (BRKM5) que subiu 6,02% a R$ 33,45, Qualicorp (QUAL3) com ganhos de 5,69% a R$ 43,82, Totvs (TOTS3) com avanço de 5,05% a R$ 78,42, Notre Dame (GNDI3) com valorização de 4,60% a R$ 73,44 e Equatorial Energia (EQTL3) com mais 4,19% a R$ 24,84.
O destaque de queda do dia foi das ações da IRB Brasil, empresa especializada em resseguro. Segundo a Reuters, a Squadra Investimentos divulgou carta apontando grande disparidade entre preço e valor dos papeis, citando indícios de lucros normalizados (recorrentes) muito inferiores aos lucros contábeis reportados nos balanços da companhia.
Em nota encaminhada à CVM, a Comissão de Valores Mobiliários, a IRB explicou que suas demonstrações financeiras seguem normas contábeis e atuariais vigentes com absoluta precisão e passam por rigoroso processo de governança.
A IRB ainda alegou na nota que o emissor da carta possui posição vendida nas ações da companhia e interesse econômico conflitante com os interesses da IRB. Diante disso, a empresa avalia medidas legais.
As ações da IRB (IRBR3) atingiram perdas perto de 15% durante o pregão e fecharam com baixa de 8,54% a R$ 41,00.
Ainda na lista das maiores perdas do Ibovespa, Eletrobrás (ELET6) com recuo de 1,57% a R$ 40,23, Ambev (ABEV3) que caiu 1,46% a R$ 17,59, MRV (MRVE3) com desvalorização de 1,39% a R$ 20,58 e Petrobras (PETR3) com menos 1,12% a R$ 30,01.
Aqui no Brasil, a expectativa do mercado é com a decisão sobre a taxa básica de juros do Copom, o Comitê de Política Monetária, do Banco Central. A reunião de dois dias de diretores e presidente do BC, a partir de amanhã, será para decidir por um corte ou não da taxa que, atualmente, está em 4,5% ao ano.
A maioria das estimativas do mercado é por um corte da Taxa Selic em 0,25 ponto percentual para 4,25% ao ano, no menor nível da série histórica.
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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT
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