Os índices de ações nos Estados Unidos que registraram fortes perdas nos últimos dois dias e vinham em recuperação hoje (26), perderam força durante a tarde e reduziram ganhos. O comportamento volátil exerce pressão ainda maior sobre o Ibovespa que corrige no pregão de hoje os movimentos da semana após negócios interrompidos pelo feriado de carnaval.
Desde segunda-feira, os mercados em todo o mundo sofrem baixas expressivas com o aumento do clima de aversão ao risco pelo coronavírus. A doença Covid-19 tem se propagado rapidamente pela Ásia e Europa.
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No Brasil, um caso de contágio foi confirmado em São Paulo. Em todo o país, existem 20 casos suspeitos em 7 estados, envolvendo pessoas que estiveram recentemente na Itália, onde foram registradas 11 mortes pela doença.
Alertas de corretoras a investidores chamavam a atenção para o risco de uma paralisação da bolsa, conhecida como Circuit Braker, quando os negócios são interrompidos se o índice atinge uma queda de 10%.
Desde a reabertura dos negócios no Brasil, a partir das 13h, o Ibovespa tem forte queda perto de 5%. Às 14h30, horário de Brasília, o índice recuava 5,53% aos 107.394 pontos.
A única ação em alta na carteira do índice era da Cielo (CIEL3) com valorização de 0,43% a R$ 7,08.
Na lista das maiores quedas estavam Azul (AZUL4) com baixa de 10,51% a R$ 49,80, Gol (GOLL4) que caía 9,40% a R$ 30,64, CSN (CSNA3) com desvalorização de 8,76% a R$ 11,98, B2W (BTOW3) com recuo de 8,53% a R$ 66,55 e Petrobras (PETR3) com menos 8,10% a R$ 28,35.
No mercado de câmbio, o Banco Central anunciou leilão extraordinário de US$ 1,5 bilhão em swap cambial das 13h30 às 13h40. No período, o dólar tinha valorização em relação ao real perto de 60%. Mas a variação logo subiu e a moeda norte-americana avançava 1,15% a R$ 4,43. O euro subia 1,23% a R$ 4,83.
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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT
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