É improvável que uma vacina contra o coronavírus esteja pronta antes do final do ano que vem, sugeriu o CEO da gigante farmacêutica suíça Roche, que também se referiu à timeline de 12 a 18 meses como “ambiciosa” durante a divulgação de resultados do primeiro trimestre da empresa ontem (22).
O executivo-chefe da Roche, Severin Schwan, disse que o prazo de até 18 meses para o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus é “ambicioso”. Ele também criticou alguns exames de sangue existentes que afirmam descobrir se as pessoas tiveram o coronavírus, e os chamou de “desastre”.
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A Roche deve lançar seu próprio teste de anticorpos que pode ajudar a detectar se uma pessoa desenvolveu imunidade contra o vírus.
O teste pode estar pronto no início de maio, disse a Roche, enquanto trabalha para obter a Autorização de Uso de Emergência da FDA.
Reivindicações de kits eficazes de teste de coronavírus “em casa” foram alvo de críticas, depois que o governo do Reino Unido gastou US$ 20 milhões em testes não comprovados da China que acabaram não funcionando.
A Universidade de Oxford deve iniciar testes em humanos de uma potencial vacina contra o coronavírus hoje (23).
A corrida global para produzir um tratamento contra o coronavírus começou, com dezenas de empresas e cientistas, incluindo nos EUA, Reino Unido, Europa e China, desenvolvendo e testando vários medicamentos e vacinas. Cientistas de Oxford dizem que um tratamento teste pode estar pronto até setembro. Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde está trabalhando em um cronograma de 12 a 18 meses para uma vacina segura. Geralmente, leva cerca de dez anos para que uma vacina chegue ao mercado, pois ela precisa passar por várias fases de teste.
O governo dos EUA gastou US$ 456 milhões solicitando o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus do braço farmacêutico à Johnson & Johnson. Acredita-se que esta seja a maior quantia já gasta em um projeto de desenvolvimento de vacinas, informou a Forbes no mês passado.
Os cientistas de Harvard alertaram que as medidas de distanciamento social podem durar até 2022 se um tratamento para o coronavírus não for encontrado.
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