O dólar fechou em baixa pela quarta sessão consecutiva hoje (9) e acumulou a maior desvalorização semanal em mais de um ano, com os negócios ainda refletindo dia de enfraquecimento global da divisa em meio a apetite por risco.
“A queda da moeda norte-americana é reflexo, principalmente, do anúncio do Fed de novas medidas para a injeção de liquidez no mercado”, disse a Elite Investimentos em nota.
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O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, apresentou hoje um esforço amplo de US$ 2,3 trilhões para ajudar os governos locais e pequenas e médias empresas.
O chairman da instituição, Jerome Powell, disse posteriormente que o banco continuará a usar todas as ferramentas à sua disposição até que a economia dos Estados Unidos comece a se recuperar totalmente dos danos causados pelo surto de coronavírus.
O BC dos EUA já anunciou uma série de medidas para aumentar a liquidez nos mercados globais, tentando fazer frente à escalada do dólar que nas últimas semanas impôs duras perdas a várias moedas, sobretudo as emergentes.
Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos, acredita que a tendência nos BCs é o anúncio de medidas de liquidez em vez de mais cortes de juros. “Acho que o Brasil caminha na mesma direção”, afirmou.
Parte da depreciação do real neste ano é atribuída à queda constante nas taxas de juros, que tornam menos atrativas aplicações na renda fixa brasileira, prejudicando o cenário para entrada de recursos para portfólio.
No ano até 3 de abril, o fluxo cambial está negativo em US$ 13,079 bilhões, uma diferença significativa em relação ao saldo positivo de US$ 2,729 bilhões de um ano antes.
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O dólar à vista terminou hoje em baixa de 1,02%, a R$ 5,0906 na venda. É a primeira vez desde dezembro do ano passado que a divisa recua por quatro pregões seguidos.
Na semana, a cotação cedeu 4,42%, maior queda desde a semana finda em 4 de janeiro de 2019 (-4,61%). Na B3, o dólar futuro tinha baixa de 0,32%, a R$ 5,1140.
No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas caía 0,6%. A moeda cedia entre 1% e 2,1% contra divisas de risco como dólar australiano, peso mexicano, rand sul-africano e lira turca.
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