O Ministério da Saúde quer registrar os óbitos por Covid-19 no país pela data da morte, não mais pelo dia de registros, para ter noção da “verdadeira curva” da epidemia no país, disse hoje (9) o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a reunião ministerial desta manhã.
Pazuello afirmou, em fala durante reunião ministerial comandada pelo presidente Jair Bolsonaro e transmitida ao vivo, que não existe a intenção de rever o número de óbitos e nunca se falou em “hipernotificação” de óbitos, mas sim do risco de subnotificação.
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“Números de óbitos nunca serão mudados, queremos divulgar com base na data da morte”, afirmou. “Estamos trabalhando para mostrar 100% dos dados da pandemia.”
O Ministério do Saúde anunciou no domingo a mudança na forma de divulgação dos dados da epidemia para passar a registrar os casos e óbitos na data da ocorrência, e não mais no dia de registro. A medida contraria o que é feito em todos os principais países do mundo.
O anúncio foi feito depois de o governo parar de informar, a partir de sexta-feira, o total de infecções confirmadas e de óbitos e passar a divulgar dados parciais tarde da noite. Na segunda-feira, após uma avalanche de críticas de especialistas e de autoridades, o ministério divulgou os números totais e antecipou o anúncio dos dados para 18h.
No entanto, embora tenha mencionado o total de infecções e óbitos em decorrência da doença no país durante uma entrevista coletiva de autoridades técnicas na segunda, o ministério manteve sua plataforma online atualizada apenas com as novas notificações, sem mencionar a contagem completa do país ou dos Estados.
Em sua fala na reunião ministerial, Pazuello também defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS) como a melhor ferramenta que o Brasil poderia ter para enfrentar a pandemia e um exemplo para o mundo.
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O ministro interino também afirmou que as estruturas de combate à pandemia em capitais e regiões metropolitanas começaram a ficar ociosas, e a estratégia do governo será levar pacientes do interior para serem tratados nas cidades maiores.
Pazuello ainda afirmou que o Brasil atualmente tem condições de produzir toda a necessidade de respiradores na indústria nacional, e lembrou que o país está participando dos testes da possível vacina para Covid-19 desenvolvida em Oxford.
Segundo ele, a vacina pode se tornar uma realidade ainda neste ano e o Brasil está trabalhando para trazer a produção para o país.
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