A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (21) os testes no Brasil de duas potenciais vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas em parceria entre a farmacêutica norte-americana Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, e os ensaios devem começar com voluntários em São Paulo e na Bahia em agosto, informaram a agência reguladora e as empresas
As vacinas em estudo –BNT162b1 e BNT162b2– são baseadas em ácido ribonucleico (RNA), que codifica um antígeno específico do vírus Sars-CoV-2. O RNA é traduzido pelo organismo humano em proteínas que irão então induzir uma resposta imunológica, conforme a agência.
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O estudo prevê a inclusão de cerca de 29 mil voluntários, sendo 1 mil no Brasil, distribuídos nos Estados de São Paulo e Bahia.
Em comunicado, a Pfizer e a BioNTech disseram que os estudos no Brasil serão realizados no Centro Paulista de Investigação Clínica (Cepic), em São Paulo, e na Instituição Obras Sociais Irmã Dulce, na Bahia.
As empresas disseram ainda que a escolha de fazer os testes em voluntários no Brasil ocorreu por causa da capacidade local, da experiência do país neste tipo de estudo e na epidemologia da Covid-19 no Brasil.
“Estamos orgulhosos em ter voluntários brasileiros participando nesse esforço global de pesquisa, que pode desempenhar um papel crítico na luta contra a Covid-19. Estamos confiantes no sucesso de nosso estudo e que a ciência vencerá essa pandemia”, disse o investigador líder do estudo, Edson Moreira, de acordo com comunicado das empresas.
Na véspera, a Pfizer e a BioNTech haviam relatado dados adicionais de sua vacina experimental contra o coronavírus, que mostraram ser segura e induziu resposta imunológica nos pacientes.
Os resultados se referiam a um teste feito na Alemanha com 60 voluntários saudáveis e foram divulgados após as companhias anunciarem neste mês dados de um teste em estágio inicial correspondente feito nos Estados Unidos.
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Este é o terceiro estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa no Brasil.
No dia 2 de junho, a agência havia autorizado o ensaio clínico, liderado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, e no dia 3 de julho foi aprovado o teste da vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, que chefiará os testes.
Segundo a agência, o ensaio clínico aprovado nesta terça é para um estudo de fases 1, 2 e 3 que vai avaliar a eficácia das vacinas candidatas de RNA de Sars-CoV-2 contra Covid-19 em adultos. O ensaio clínico é composto por três estágios e o Brasil participará do estágio 3, que corresponde à fase 2/3 do estudo. (Com Reuters)
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