Todos nós desempenhamos papéis na sociedade. Somos pais, mães, gestores, empregados, líderes, professores, enfim. Num dia comum, fazemos uso de um ou de mais desses chapéus. Esses papéis que desempenhamos precisam estar bem definidos e estar introjetados.
O líder não conquistou aquele posto por acaso. Teve de aprender competências, estudar, trabalhar muito, apresentar bons resultados, conjunto de coisas que o fizeram ser reconhecido por isso e conquistar o cargo.
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É frequente, em muitos times, haver um colaborador que parece querer sempre desafiar a autoridade do seu líder. É frequente também que o empregado não se dê conta de quanto isso afeta o trabalho e a produtividade de todo o grupo. Faz parte do papel do líder enfrentar isso de modo eficaz e oportuno. Eis algumas dicas:
1. Nem sempre o desafio à autoridade do líder é algo negativo. Ao contrário. Pode ser uma oportunidade maravilhosa para você, líder, rever o seu papel e suas posições acerca de como comanda aquele time. Antes de reagir a esse colaborador, questione-se se ele não pode estar de fato correto. Ninguém tem soluções prontas para todos os desafios que diariamente surgem em uma empresa, nem todo o saber. Procure escutá-lo com atenção e com a mente aberta e não responder de forma irritada, comportamento relativamente comum de muitos líderes. Quem sabe aquele seu liderado não pode ter mesmo uma solução melhor que a sua? O líder também precisa ter em mente que, muitas vezes, a reação negativa de um liderado é resposta a uma gestão feita de modo inadequado. Esse é um ótimo momento para uma autorreflexão;
2. Muitos empregados desafiam a autoridade do líder por não receberem feedbacks claros, seja a respeito do seu desempenho, seja a respeito de seu comportamento. Faz parte do papel de um líder aprender a dar devolutivas, ainda que elas nem sempre sejam positivas. E os colaboradores querem, sim, recebê-las de seus superiores imediatos, para que possam fazer correções de rumo, se precisarem. Ninguém gosta de voar às cegas. Além de dar um feedback sobre o comportamento de seu liderado, chame-o para uma conversa franca e procure compor com ele: “Vamos trabalhar juntos? Crescer juntos?”.
3. Expresse a seu colaborador quais podem ser as consequências daquela atitude dele. É fato que há pessoas que não conseguem lidar com autoridades. E por autoridades não me refiro apenas a do líder, mas também a do professor, do pai, da mãe, do orientador… Se, mesmo depois do feedback acerca do comportamento do liderado, ele ainda resiste em mudar, é preciso que ele saiba que pode haver consequências, entre elas, a transferência para outro time e, em última instância, o desligamento da própria organização.
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
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