Quando uma pessoa passa por um transplante capilar, uma dúvida sempre permanece: “Ficarei dependente de medicamentos?”. Essa dúvida ocorre pois esse tipo de procedimento é um tratamento definitivo para a calvície, já que os fios utilizados são mais resistentes e, na sua maior parte, não caem com o passar dos anos. Então, muitos pensam que o problema da calvície não existirá mais.
Na realidade, a calvície é um processo evolutivo, onde os fios programados geneticamente para cair continuarão caindo durante a vida do paciente. Com isto, nas pessoas que ainda possuem muitos fios naturais quando realizam a cirurgia, ou seja, aqueles casos em que o cabelo é ralo e você vê o couro cabeludo, mas ainda existem fios, a associação de um tratamento medicamentoso para a calvície vai manter esses fios naturais, que vão se somar aos fios transplantados oferecendo uma sensação de maior densidade ao resultado.
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Em contrapartida, nas calvícies mais avançadas e estabelecidas, ou seja, em pessoas que não possuem mais nenhum fio na área a ser transplantada, já perderam tudo o que iriam perder e os únicos fios que elas terão serão os provenientes da cirurgia, o tratamento medicamentoso já não tem tanta importância.
É importante salientar que existem várias opções de tratamento clínico para a calvície, desde comprimidos, loções, shampoos, até lasers e medicamentos injetáveis. Logo, assim como todo tratamento médico, este deve ser individualizado e acompanhado pelo especialista, um dermatologista com expertise em cabelos e couro cabeludo.
Márcio Crisóstomo é cirurgião plástico formado no Instituto Ivo Pitanguy, especialista em Transplante Capilar nos Estados Unidos pelo American Board of Hair Restoration Surgery, com pós-graduação em Surgical Leadership pela Harvard Medical School.
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