O restaurante Fasano abriu em Nova York, no fim de mês passado, com projeto impressionante de Isay Weinfeld. Além de, obviamente, a comida ser absolutamente maravilhosa. Para ajudar na abertura desde megaprojeto, o Fasano trouxe para NY alguns super funcionários, incluindo Renato Perito, gerente de bebidas do Fasano no Brasil que passou mais de um mês por aqui e aproveitou para conhecer os melhores bares da cidade. Consegui que ele me passasse essa lista – que vale ouro, e compartilho aqui com vocês em forma desse texto que ele fez para a coluna.
“NY é a cidade que mais me identifico em relação à coquetelaria. Acho que a história, a constante renovação e diversidade cultural da cidade também recaem sobre os bares e restaurantes, trazendo uma variedade de lugares que entregam desde coquetéis clássicos executados à perfeição, quanto novos conceitos de coquetelaria.
Meus dois lugares favoritos de NY misturam, de alguma maneira, esses três elementos: herança, inovação e diversidade.
No topo da lista, localizado em um edifício datado de 1828 na ponta sul da ilha de Manhattan, o Dead Rabbit é meu top pick em NY. Com o conceito de pub irlandês, o nome é em referência à gangue irlandesa The Dead Rabbits que, durante o século 19, rondava a região na qual o bar está localizado hoje. Separado em dois ambientes, o saloon no nível da rua e o Tap Room, no andar superior – que abre só depois das 17h -, pode-se desfrutar tanto de coquetéis excelentes e complexos, como o famoso Irish Coffee, como de um bom pint de cerveja. Contudo, é no Tap Room que o supra sumo da coquetelaria acontece, com uma diversidade de bebidas, xaropes e guarnições impressionante e com bartenders exibindo técnica e velocidade apurada na execução dos drinks. Para quem busca uma imersão total no que é a coquetelaria da cidade, The Tap Room is the place to be.
Localizado no Lower East Side, como continuidade do antigo Milk & Honey, fundado em 1999 e considerado um dos bares que transformou a coquetelaria no que conhecemos hoje, está o Attaboy. Liderados respectivamente pelos pelo bartenders Sasha Petranske (r.i.p 2015) e Sam Ross, a contribuição do M&H e do Attaboy para a coquetelaria contemporânea é imensurável. Em um ambiente de luz baixa, com a maioria dos lugares disponíveis no balcão do bar, o Attaboy opera sem um menu físico: a escolha dos drinks se dá pela interação direta com o bartender que, através de perguntas e, no papo, decide qual o drink certo para a ocasião. Mas não se engane: NADA no Attaboy é improviso. Todas as receitas são pensadas e reproduzidas à exaustão. Cada drink é uma surpresa agradável e intrigante.
Dando continuidade à minha lista, temos:
Death & Co: bar com foco em coquetelaria, com bastante complexidade nos drinks. Menu extenso com bastante variedade.
NR: bar de cocktails e lamen. Foco em destilados japoneses, sabores orientais e apresentações dos drinks de maneira divertida.
UnderCote: bar speakeasy no subsolo do COTE Korean Steakhouse. Coquetelaria criativa com elementos asiáticos.
Amor y Amargo : bar dedicado a Amaros italianos. Coquetéis com perfil amargo e ambiente de balcão (sem mesas e cadeiras). Tem uma lojinha de cocktail bitters & books.
Angels Share: speakeasy em um restaurante japonês. Coquetelaria mais séria com foco em ingredientes e rituais do Japão.
Dante Cafe: coquetelaria mais leve e com base na coquetelaria italiana (hora do aperitivo). Excelente seleção de coquetéis autorais.
Patent Pending: speakeasy super imersivo embaixo do Tesla Building (The Radio Wave Building).
PDT : speakeasy dentro de uma lojinha de cachorro quente.
Casa Mono y Bar Jamon: fora da lista de coquetéis, mas um excelente bar de tapas e vinhos.
Rafael Azzi é publicitário, fundador da Agência de Relações Públicas e Business Development AZZI+CO, com sede em Nova York e escritório em São Paulo, e especialista no mercado de luxo.
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