O grupo CCR (CCRO3) encerrou o segundo trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 411 milhões, alta de 102% em relação ao mesmo período de 2023. Com 25 anos de história, a CCR surgiu a partir da união das ações detidas pelas famílias Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido.
Esta última detém a maior parte das ações, com 15,05%, em relação aos outros dois grupos fundadores (14,86%) – em outubro de 2022, Itaúsa e Votorantim compraram a fatia da Andrade Gutierrez. O restante das ações, ou 49,28%, está nas mãos do mercado financeiro.
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Pelerson Soares Penido foi um dos pioneiros no ramo da engenharia no Brasil, que ajudou a construir Brasília e a pavimentar a Raposo Tavares. Ele fundou o grupo de construção Serveng, que participou da criação da CCR. Morto em 2012, suas filhas Rosa Evangelina e Ana Maria herdaram as participações do pai.
Ana é dona de uma parcela de ações maior que a da irmã. Ana Maria Marcondes Penido Sant’anna nasceu em 1956, na cidade de São Paulo. De acordo com o ranking de bilionários da revista Forbes 2021, Ana Maria Penido era a 162ª pessoa mais rica do Brasil, com uma fortuna estimada em R$ 2,84 bilhões.
Atualmente, ela não aparece na lista mundial da Forbes dos bilionários em tempo real. A origem do patrimônio são as participações na empresa de agro Roncador e na empresa da área de infraestrutura Serveng.
Ana Maria se formou em administração de empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Desde jovem fez parte dos negócios do pai. Com a morte do pai, ela, que já atuava na holding, ganha ainda mais poder, se tornando a vice-presidente da CCR.
Quem é a CCR
O grupo CCR é responsável por quase quatro mil quilômetros de malha rodoviária espalhada pelo Brasil, distribuída pelas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A CCR também atua em países da América do Sul e América Central. O conglomerado que atua na área de concessões de rodovias, mobilidade urbana, aeroporto e serviços, tem ações negociadas na B3 desde 2002.
O resultado do trimestre passado já reflete o impacto das tragédias no Rio Grande do Sul, que afetou o tráfego na ViaSul, onde houve queda de 13,9% no número de veículos trafegados, no mesmo período.
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No entanto, a empresa não forneceu mais informações sobre o impacto financeiro da tragédia climática na operação da ViaSul nem nos números da CCR no trimestre. Segundo a Agência Estado, a companhia e o poder concedente estão em conversas, visando a recomposição do reequilíbrio contratual da estrada, que teve pontos de bloqueio e interrupção da cobrança de pedágio entre 5 e 19 de maio. A retomada parcial da cobrança foi no dia 20 de maio e, integralmente, apenas no fim daquele mês.
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