Antes do estouro da pandemia de Covid-19, na última semana de março, e também em momento de grandes incertezas, ocorreu um aumento acentuado na busca por mercados online, uma vez que a recomendação era apenas sair de casa em último caso. O varejo era apontado como o terceiro segmento mais cotado para passar por um profundo processo de inovação, atrás somente das categorias de Tecnologia e de Mídia e Entretenimento, mas essa projeção mudou pela nova realidade que o Brasil e o mundo passaram a viver.
Com a preocupação da propagação do vírus, lojas físicas no Brasil fecharam as portas. Dados da “Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas“, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 32,6 % dos negócios encerraram as atividades até a primeira quinzena de junho e, dentro deste número, 17,8% encerraram os trabalhos definitivamente e 15,1 % temporariamente.
Porém, com a pandemia, 70% das empresas em funcionamento reportaram um efeito negativo na primeira quinzena de junho.
Mas um novo modo de consumir foi descoberto pelos brasileiros, o e-commerce. Se para o varejo, de modo geral, a queda foi significativa, por outro lado, as vendas pela internet apresentaram bons resultados. Somente em abril, o e-commerce brasileiro faturou R$ 9,4 bilhões, um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2019, segundo dados da Compre&Confie.
Após a medida de isolamento social para combater a Covid-19, a necessidade da utilização de aplicativos aumentou e, segundo uma pesquisa realizada pela RankMyApp, a instalação de aplicativos de e-commerce cresceu em 169% em maio, comparado ao mesmo período do ano de 2019.
O número total de apps de e-commerce baixados em maio foi de 8,4 milhões, o maior número deste ano e 74% superior ao registrado no período da Black Friday no ano passado. Os dados também mostraram que os segmentos com maior destaque foram moda, compra e venda e artigos esportivos.
O que chama a atenção no setor de moda são os pijamas. Pelo visto, o tempo em casa e a chegada do inverno despertou o desejo pelos pijamas nessa quarentena, o que foi uma inovação para as lojas de roupas que tiveram que mudar suas vitrines, agora digitais. Outra mudança ocorreu com as lojas de artigos esportivos, que passaram a vender mais — com o fechamento de academias e parques as pessoas passaram a adquirir roupas e acessórios para se exercitar em casa.
No mês de junho, uma pesquisa conduzida pela Opinion Box juntamente com a Social Miner, apontou que nem mesmo o isolamento impediu que os casais brasileiros celebrassem o Dia dos Namorados. Os resultados, quando comparados ao mesmo período do ano passado, mostram um aumento de 240% no volume de pedidos e crescimento de 116% no faturamento dos e-commerces, levando à marca de R$ 6,45 bilhões.
Segundo estudos realizados pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 70% dos consumidores pretendem continuar a fazer compras por canais digitais e manter o hábito de comprar por meio de e-commerce no pós-pandemia. Ou seja, se você é um empreendedor e deseja continuar com seu negócio em alta, busque criar uma página online para a sua loja, desta maneira você irá oferecer aos seus clientes suporte com atendimento 24 horas, por meio de uma chat ou até mesmo o WhatsApp. Assim, seu cliente terá mais comodidade e não precisará sair de casa para realizar uma compra, além de poder acompanhar o andamento da compra –pagamento pendente, efetuado, em trasporte e entregue. Sua clientela poderá comprar a qualquer momento, sem depender de horários de funcionamento, e conhecer todo o seu catálogo de produtos e, na sequência do fluxo, você irá faturar muito mais.
Com os desafios do atual momento, cabe a todos os empreendedores e empresários se reinventarem e, principalmente, cuidar de sua saúde e planejar seus negócios. Uma nova sociedade deve surgir após a pandemia, afinal é durante uma crise e nas dificuldades que ganhamos experiência e maturidade.
Para ajudar você e seu negócio nesse tempo transitório, entre os dias 13 e 19 de agosto vou ministrar 7 aulas no Desafio CF7, 100% online e gratuito. Para participar, é só clicar aqui.
Camila Farani é um dos “tubarões” do “Shark Tank Brasil”. É Top Voice no LinekdIn Brasil e a única mulher bicampeã premiada como Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards 2016 e 2018. Sócia-fundadora da G2 Capital, uma butique de investimentos em empresas de tecnologia, as startups.
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